tag:blogger.com,1999:blog-67809053513290329042024-03-20T05:02:10.428-07:00Professor Paulo MouraAqui publico artigos de minha autoria para interação com alunos e leitores interessados.Unknownnoreply@blogger.comBlogger37125tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-47231043733125839062018-11-08T05:21:00.004-08:002018-11-08T05:22:20.578-08:00“OMISSOS” - UM ATO FALHO RETUMBANTE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
As crônicas de LFV indiscutivelmente eram nossos melhores textos de humor. Pena que deixaram de ser. Desde que seus amigos do PT chegaram ao poder, ele fez uma escolha. OMITIU-SE. Preferia fazer graçolas sobre o efeagá, mas silenciava com o stalinismo do governo Olívio, CALOU quando começaram a surgir as roubalheiras do PT, nunca falou do Celso Daniel, NADA DISSE sobre aquela mentecapta que trocava as palavras e quebrou o país, passou ao largo sobre as ditaduras de Cuba e Venezuela, a corrupção desbragada do Mensalão e do Petrolão, a prisão do Lula por corrupção, preferindo falar do Bush, do Trump e usar seu talento, para matérias escapistas, preservando e silenciando sobre seus camaradinhas. Quando um autor de textos de humor perde a graça é triste, mais que isso é deprimente. O talentoso autor de personagens como a Velhinha de Taubaté, a Dorinha, As Cobras, o Analista de Bagé, perdeu seu brilho, hoje seus textos nos jornais chegam aos leitores como uma entrega de tédio a domicílio.<br />
<br />
Pois o genial criador do Analista de Bagé cometeu um retumbante ato falho, que até a Lindaura, secretária do freudiano da fronteira, diagnosticaria sem precisar falar com o patrão.<br />
<br />
Ele deu o título de OMISSOS para um dos seus mais lamentáveis textos. Ora, ora, ora logo quem, o sujeito foi o maior OMISSO dos últimos 14 anos, vem pregar moral e indicar conduta acusando outros de OMISSOS. Não, não LFV em matéria de OMISSÃO tu és imbatível, triste galardão, no qual ninguém te supera.<br />
<br />
E se não bastasse isso, foi de uma infelicidade inimaginável, ao usar a metáfora da estrela que os nazistas obrigavam os judeus a usar. Todos sabem que tu não és antissemita e tens relações de amizade e familiares com judeus. Pior ainda. Nada justificava essa grosseria, numa comparação vulgar e ofensiva. Os judeus têm motivos para se sentir indignados, não se faz graça com esse assunto e jamais esperariam de ti, um expediente tão rasteiro e medíocre.<br />
<br />
Bem que poderias procurar o teu personagem, sentar no pelego do Analista e confessar a ele.<br />
<br />
“Pois é, não há como negar, fui omisso. E agora”?<br />
<br />
O guasca, com sua sabedoria campeira e por gratidão ao seu criador, pode te dar um excelente conselho:<br />
<br />
“Olha vivente, já que o humor te deixou. Finge que és tu que estás deixando ele, para manter as aparências. Anuncia que vais deixar a crônica e irás escrever uma novela de HORROR. Como sugestão, acho que poderias começar a ler a confissão do Pallocci, matéria abundante não vai te faltar.<br />
<br />
(Autor anônimo.)</div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-69971749317686933402017-03-01T20:49:00.001-08:002017-03-01T20:52:44.063-08:00Teaser Documentário Impeachment<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/aeAy0tToh6g" width="480"></iframe><br />
<div class="" data-block="true" data-editor="29f7c" data-offset-key="2aq4q-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2aq4q-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="2aq4q-0-0" style="font-family: inherit;">O documentário IMPEACHMENT: O BRASIL NAS RUAS está na finalização.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="29f7c" data-offset-key="a7mg8-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="a7mg8-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="a7mg8-0-0" style="font-family: inherit;">Videos inéditos dos protestos por todo o Brasil e entrevistas exclusivas com lideranças dos movimentos, juristas responsáveis pelo processo e analistas. </span><span style="font-family: inherit;">Ajude-nos a pagar essa produção que está sendo financiada exclusivamente com recursos de doação voluntária.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="29f7c" data-offset-key="b06of-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b06of-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="b06of-0-0" style="font-family: inherit;">Esse é o link da Vakinha virtual. <a href="https://www.vakinha.com.br/vaquinha/o-brasil-nas-ruas-pelo-impeachment-documentario">https://www.vakinha.com.br/vaquinha/o-brasil-nas-ruas-pelo-impeachment-documentario</a></span></div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-5888460658149276522017-02-27T03:48:00.001-08:002017-07-19T11:55:05.431-07:00COM O FIM DA POLARIZAÇÃO PT X PSDB, O DEBATE POLÍTICO VAI MUDAR. MUITO!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
Atendendo a pedido do meu amigo Augusto de Franco para que os membros do grupo Dagobah do Facebook fizessem posts originais e não mera replicação de conteúdos de terceiros, replico aqui o texto que acabo de postar como comentário a um post dele lá no grupo:</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<div class="" data-block="true" data-editor="7le5o" data-offset-key="flmpp-0-0" style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="flmpp-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="flmpp-0-0" style="font-family: inherit;">"Talvez haja uma sutileza não percebida por muitos nesses últimos posts do Augusto de Franco sobre essa direita reacionária a que se refere (<a href="http://dagobah.com.br/os-que-se-dizem-de-direita-nao-sao-a-direita/">http://dagobah.com.br/os-que-se-dizem-de-direita-nao-sao-a-direita/</a>). Os liberais não foram, corretamente, a meu ver, depositados por ele na "caixinha" em que se enquadram esses que se assumem "A direita". Acredito até, embora eu não me identifique com todas as ideias conservadoras (no sentido da tradição do pensamento e não da autocaracterização que muitos desses reacionários da "caixinha" fazem de si mesmos), que o conservadorismo como visão de mundo também não cabe nessa "caixinha". Quando a oposição social e não institucional ao petismo veio às ruas, uma fauna variada surfou a onda que revelou esses grupos reacionários "adormecidos" na era anterior às midias sociais. No entanto, como todos que foram às ruas tinham como alvo remover Dilma da Presidência da República e o PT e os corruptos do poder, o alvo era um só, dificultando a percepção dessas nuanças e diferenças de visão de mundo. Acredito que, com o fim da polarização PT x PSDB e o próprio envolvimento do PSDB com os esquemas de assalto aos cofres públicos, à medida em que a Lava Jato for limpando o terreno, uma nova configuração </span><span style="font-family: inherit;">do tabuleiro político e social emergirá, tanto no âmbito institucional (partidos, parlamento, governo), como no âmbito dos movimentos de rua que permanecerão como tais sem adentrar as instituições. No ambiente interno desses grupos, que eu monitoro como observador, essa turma da "caixinha da direita" chama os liberais de "nova esquerda" e os caracteriza como uma "ameaça" mais perigosa do que a esquerda que cabe na "caixinha de sinal trocado" integrada pela turma que gravita, ou gravitava em torno do PT. Essas diferentes visões de mundo entre pessoas que estiveram juntas para derrubar o PT vão se tornar mais nítidas. O debate já é rico nas mídias sociais, embora não seja amplo e perceptível a todos em suas sutilezas dada a necessidade de leitura e conhecimento para a correta compreensão. A política brasileira vai ficar diferente e um debate com novos conteúdos emergirá. E como diz o Augusto de Franco, caberá a cada um de nós que defende a democracia, escolher em que ambiente cultural, econômico, social e político queremos viver, para podermos melhor proteger a nossa liberdade, impedindo que reacionários e autocratas venha a nos governar. É trabalho de formiga, de longo tempo. Mas, fazer o que? Sigamos em frente..."</span></div>
</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-10897661597532213182016-12-28T03:31:00.000-08:002016-12-28T03:55:16.715-08:00O ANO MAIS LOUCO DAS NOSSAS VIDAS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Independentemente de idade é
difícil que algum brasileiro tenha passado por experiências tão intensas quanto
as de 2016. O país experimenta o mais profundo processo de transformação da sua
história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Qualquer inventário das mudanças
certamente deixaria algo de fora. E as mudanças não são só no Brasil, mas, no
mundo e inter-relacionadas. Olhando-se para trás, para a dimensão política,
social e econômica das transformações, alguém conseguiria afirmar com 100% de
certeza que esse furacão não afetou suas vidas? Alguém, de sã consciência, pode
afirmar que está absolutamente seguro com o futuro que nos aguarda?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Quem se envolveu com o Movimento
do Impeachment esteve tão intensamente mergulhado nos fatos que talvez somente
agora tenha condições de levantar a cabeça e olhar para trás para avaliar a
dimensão da obra. Mas, esse olhar para trás deve ser breve. É imperativo evitar
a colisão com o futuro. E, ao voltarmos a cabeça para a frente, o que
descobrimos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Que 2016, poderá não ser o “ano
mais louco de nossas vidas”. Sim, o ciclo da mudança não está completo. Apesar
de tudo o que foi feito para transformar o Brasil num país efetivamente livre,
o farol da liberdade ainda está distante... O PT foi removido do poder, mas a
mentalidade que levou o petismo ao governo ainda está no poder. Lula ainda não
foi preso. O PT ainda existe e opera. Os partidos que nos dominam e controlam o
condomínio do Estado Patrimonialista ainda são os mesmos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">A decisão de remover Dilma
Rousseff do cargo obedecendo as regras do jogo constitucional não era e não é
consenso entre os movimentos de rua. Mas, ela se impôs e venceu. A escolha desse
caminho pressupunha a consciência de que o processo não seria nem linear; nem o
mais fácil, mas o certo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Como em tudo na vida, destruir é
mais fácil que construir, e, só aquilo que se constrói com trabalho, paciência
e perseverança, trilhando o caminho do certo, finca raízes sustentáveis no
tempo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">A Liberdade é um bem intangível.
Só percebemos seu valor quando a perdemos. Foi preciso que o petismo ameaçasse
roubar a liberdade dos brasileiros para que o povo saísse da letargia para
defender nas ruas, nossas famílias, nossos bens, nossos valores, nosso direito à
liberdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Não existem atalhos para a
liberdade. A única certeza para quem escolheu esse caminho e não vai desistir é
de que não há certezas e não há segurança que não sejam aquelas construídas pela
experiência vivida e pela conquista que resulta de árduas batalhas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Uma parcela do povo brasileiro
ainda não aprendeu essa lição. A imposição de não mais poder viver às custas do
trabalho dos outros não é aceita facilmente por quem se beneficia do status quo.
Há dois tipos de brasileiros que se enquadram nesse perfil. Por um lado, na
base da pirâmide social, estão aqueles que se acomodaram a viver com quase
nada, desde que esse quase nada lhes seja dado por governantes populistas à
testa do Estado. Por outro lado, no topo da pirâmide social, estão aqueles que
se aboletaram no controle da máquina desse Estado para vampirizá-lo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Estatísticas oficiais comprovam
que a elite do funcionalismo público se compõe de cerca 7% dos brasileiros. A
turma dos supersalários e dos penduricalhos nos contracheques de ativos e
inativos do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">A eles, somam-se os brasileiros
das “ONGs” e das máquinas partidárias sustentadas às custas do dinheiro dos
pagadores de impostos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">A eles, somam-se os brasileiros
que vivem das máquinas sindicais, de trabalhadores e empresários, sustentados com
cerca de R$ 3 bilhões/ano que o governo toma dos pagadores de impostos para
financiar burocratas cuja atividade consiste em defender os interesses da casta
que vive de sugar a riqueza de quem produz, em nome da suposta defesa dos seus “representados”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">A eles somam-se os empresários
amigos do rei, cujos negócios são forjados às custas de juros subsidiados dos
bancos públicos, das reservas de mercado, das isenções fiscais compradas com
propinas roubadas de quem trabalha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Esses, acima, são os cidadãos de
primeira classe. Os donos do poder. Aqueles que não conhecem ainda, o
significado da palavra crise. Os demais somos nós, os cidadãos de segunda
classe que pagamos a conta; empreendedores obrigados a financiar “representantes”
e “bem feitores sociais” cujos interesses e ideologias contrariam seus valores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Sem medo de errar, pode-se
afirmar que hoje a população brasileira se divide ao meio entre um grupo que
trabalha, produz riqueza e paga a conta, e outro, que vive às custas da
escravização dos primeiros. Aí se encontra a exata dimensão do desafio que nos
espera em 2017. O dinheiro acabou. Chegou a hora de não mais pagarmos essa
conta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Não vai ser fácil. Vai doer no
(bolso) deles dessa vez. Observe-se como eles não hesitam em usar a violência,
a ameaça, a corrupção, a chantagem e a mentira para defender seu poder.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><span style="font-size: 11pt;">O economista austríaco Joseph
Schumpeter, em seu livro “Capitalismo, Socialismo e Democracia” (1942), nos
fala da “destruição criadora” para descrever o papel da inovação na </span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_de_mercado" title="Economia de mercado"><span style="color: black; text-decoration: none;">economia de
mercado</span></a><span style="font-size: 11pt;">, referindo-se à<span class="apple-converted-space"> forma
como </span>o espírito empreendedor destrói os modelos de negócios obsoletos.
Para Schumpeter, a inovação é o motor<span class="apple-converted-space"> </span>do
crescimento econômico sustentável, ainda que ao preço de destruir negócios bem
estabelecidas na velha ordem que se desfaz. Na visão do autor, esse processo
corrói o monopólio do poder.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
</span><br />
<div style="background: white; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Ouso tomar-lhe emprestado o
conceito para aplicá-lo ao processo político brasileiro em curso. Nossos
empreendedores são os milhões que fomos às ruas entre 2014 e 2016. É chegada a
hora de completarmos a tarefa. Não existe meia liberdade. Quem ousou chegar até
aqui não tem o direito de desistir; nem de recuar. Bem-vinda crise, bem-vindo
2017, o </span></span><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">“ano mais
louco de nossas vidas”.</span><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-35359225219756383102016-10-13T09:05:00.000-07:002016-10-16T06:45:51.737-07:00O ROUBO DO SÉCULO SEGUE EM CURSO E NINGUÉM VÊ?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZYlPsrCdT2PbbphLq9yOkUdhppalLHPZFvOx6_wY0DSzs67Qab-X-qhu7uELuyc_IexZ-oS_QzfYyj8M55A-Gwl063A1SswVJyPp-jdrS19NXV_xpz7pP2hr-t9of3c2dJhZ5Tw8tzyI/s1600/14705806_1797998107089551_368579778433065872_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="249" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZYlPsrCdT2PbbphLq9yOkUdhppalLHPZFvOx6_wY0DSzs67Qab-X-qhu7uELuyc_IexZ-oS_QzfYyj8M55A-Gwl063A1SswVJyPp-jdrS19NXV_xpz7pP2hr-t9of3c2dJhZ5Tw8tzyI/s320/14705806_1797998107089551_368579778433065872_n.png" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O assalto à Petrobrás
é o maior escândalo de corrupção da história. Graça Foster, pressionada a
avaliar o prejuízo da empresa para fechamento do balanço apontou, à época, a
cifra de R$ 88,6 bilhões de prejuízo. E foi demitida. Em seguida a Petrobrás
publicou balanço estimando o prejuízo em R$ 6 bilhões. Algum tempo depois a
Polícia Federal revelou a estimativa de R$ 20 bilhões, ainda assim, uma
diferença considerável em relação ao valor apontado por Foster.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O que está por trás
dessa diferença? Fórmulas de cálculo? Informações imprecisas? Ignorância?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">De fato, o montante
do prejuízo somente poderá ser calculado após o encerramento das investigações,
inclusive nos setores governamentais que recém começam a ser alcançados pelas
investigações (Eletrobrás, BNDES, Saúde).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Os fatos desnudados
pela Lava Jato sugerem que por trás de todas (ou de quase todas) as decisões
sobre investimentos públicos nacionais e internacionais dos governos Lula e
Dilma (obras públicas, obras internacionais financiadas pelo BNDES, investimentos
de fundos de pensão das estatais, perdão de dívidas internacionais de ditaduras
“amigas”, financiamento público para empresários “amigos”, desonerações
tributárias e edição de MPs, havia assalto aos cofres públicos. Tudo isso,
desde 2003. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Qual o peso da corrupção na construção da crise em curso, a mais
grave da nossa história?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O cálculo do prejuízo
precisa considerar, em primeiro lugar, a avaliação dos custos do impacto desse
escândalo sobre a captação (ou impossibilidade de) de financiamentos
internacionais pelo governo e empreendedores privados. Empresas brasileiras perderam
valor de mercado e viram encarecer ou ser negado seu acesso ao crédito. Os
investimentos em infraestrutura no país, em curso e futuros estão ameaçados,
assim como estão sob suspeita as obras das Olimpíadas de 2016, tocadas por
empreiteiras envolvidas na Lava Jato. Os prejuízos, nesse caso, atingem também a
imagem internacional do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Agregue-se à conta o
cálculo dos prejuízos dos acionistas internacionais da Petrobrás a ser adotado
pela Justiça dos EUA e da Europa, cuja cobrança, estimada em US$ 98 bilhões,
será lançada contra os cofres das estatais brasileiras com ações em bolsa. Esse
prejuízo, em última instância, recairá sobre o pagador de impostos brasileiro dado
que a Petrobrás e demais estatais quebradas não dispõem dos recursos para essas
indenizações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Dito isso, observemos
a forma como os envolvidos estão sendo cobrados: a) devolução das propinas; b)
multas; c) acordos de leniência com cálculo de prejuízo sob circunstâncias, no
mínimo, controvertidas e valores para lá de duvidosos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Informação recente
sobre a delação do Marcelo Odebrecht dá conta de que o MPF lhe pediu R$ 7 bilhões
de indenização. Marcelo Odebrecht, em resposta, aceitaria pagar R$ 5 bilhões
parcelados. Ora convenhamos, chancelar
um acordo desse tipo ignorando os fatores de cálculo aqui sugeridos é, no
mínimo, ingenuidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Um dos argumentos para
justificar esses acordos é o de que é preciso salvar as empresas e punir os
indivíduos, alegando que não podemos levar as empresas à falência. Pois bem,
admitindo-se como plausível esse argumento, qual deveria ser a forma justa de
punir os verdadeiros responsáveis?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Na nossa maneira de
entender esse cálculo deveria considerar:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">1 – Qual o sobrepreço
das licitações fraudadas em cada contrato cartelizado à época de sua pactuação,
comparado ao preço de mercado de obras similares (TCU)? (Obs.: pela Lei da
Corrupção essa diferença seria de 20%).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">2 – Quanto os acionistas
nacionais e internacionais investiram em ações, tomando por base as informações
fornecidas ao mercado pela Petrobrás (e demais estatais e bancos públicos nos
casos correlatos), e quanto perderam com a descoberta da verdade?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">3 - Qual o montante
desse prejuízo em valores atualizados monetariamente, considerando juros,
inflação e câmbio?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Tendo-se em conta
esses critérios, não seria despropositado imaginar que os R$ 88,6 bilhões que
causaram a demissão de Graça Foster estejam mais próximos da verdade. Quiçá
subestimados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Diante disso, por
mais que os valores até agora recuperados pareçam impressionantes, eles são, de
fato, uma pequena parte dos valores devidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Qual é, então, o roubo
do século que segue ocorrendo e ninguém vê? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">É a propina cobrada
pelos ex-diretores presos da Petrobrás? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">São os bônus por
resultado pagos aos executivos das empreiteiras? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">É a propina cobrada
pelo PT, PP e PMDB para financiamento eleitoral ou enriquecimento pessoal de
seus dirigentes? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">São os valores
destinados ao Lula em forma de pagamentos de palestras, ocultação de patrimônio
ou financiamento de seu instituto? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Não! Isso seriam
meros pixulecos ou acarajés!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Quem são os verdadeiros
responsáveis pelas decisões estratégicas das empreiteiras? <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Para executar que função
eram remunerados os executivos presos? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Ora, para permitir
que se roubassem bilhões nas licitações cartelizadas e fraudadas, cujos
montantes envolvem sobrepreço de 20%, 30% ou mais! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Onde está esse
dinheiro? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Essa riqueza, óbvio,
foi transferida para o patrimônio pessoal dos acionistas desses conglomerados
empresariais. Exceto Marcelo Odebrecht, o único acionista preso, os demais estão
todos soltos e impunes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A Odebrecht possuía
60% das ações da Brasken. Essas ações deveriam ser repassadas à Petrobrás (ou
ao Estado brasileiro) antes que sejam transferidos para novos financiadores da
Odebrecht como está ocorrendo. Isso pagaria o prejuízo? Não? Quanto valem as
ações da Odebrecht Ambiental (que também está à venda) e quem são os acionistas
dessa empresa? A Andrade Gutierrez é dona da Light e da CCR. A Camargo Correia
é dona da CPFL (também à venda) e sócia da CCR. A OAS é dona do grupo INVEPAR
em parceira com os fundos de pensão das estatais, também fraudados pelo mesmo
esquema. Os acionistas dessas e das demais empresas de seus respectivos grupos,
todos, possuem sim patrimônio para ressarcir as vítimas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">As vítimas somos nós,
pagadores de impostos e demais acionistas das estatais saqueadas. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Por que o silêncio em
torno dessa questão?<o:p></o:p></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-28396765403831091702016-07-17T06:52:00.001-07:002016-07-17T10:38:11.406-07:00NÃO AO ACORDÃO DOS CORRUPTOS! #VEMPRARUA 31/7<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O juiz Sérgio Moro destaca-se como
um magistrado diferenciado entre seus pares. Tirando-se os corruptos e
corruptores da conta Moro é unanimidade entre os brasileiros. Você sabe o que o
diferencia dos demais juízes e por que ele adquiriu esse destaque? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Porque ele estudou a fundo a
operação “Mãos Limpas” na Itália, que, nos anos 1990, nasceu da investigação
das relações promíscuas entre o Banco Ambrosiano (Vaticano), a Máfia e a loja
Maçônica P2 e terminou devastando o sistema político italiano ao levar à
extinção os partidos Democrata Cristão, Socialista e Comunista, imersos na
corrupção. Além disso, Moro estudou as estratégias de defesa dos advogados que
anularam, por erros técnicos de condução das investigações, operações como a
Satiagraha e Castelo de Areia, por exemplo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Por esta razão, mais de 90%
dos procedimentos de Moro foram avalizados pelas instâncias superiores do
judiciário ao serem questionados pelos caros advogados dos corruptos e
corruptores em busca de brechas para livrá-los da cadeia por artimanhas
jurídicas amparadas em eventuais falhas processuais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Muito embora a operação Mãos
Limpas seja vista mundialmente como um “case” de sucesso, o fato é que boa
parte de seu efeito saneador foi neutralizado, posteriormente, pelos políticos
italianos. De que forma isso foi feito?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Basicamente, por uma
estratégia que envolveu ações de comunicação visando convencer a opinião
pública de que houve exagero por parte Justiça, somadas a ações legislativas
visando flexibilizar as leis de combate à corrupção para construir condições para
a impunidade dos criminosos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Tudo indica que a mesma
estratégia está em curso no Brasil, contando, para o sucesso dessa empreitada,
com a desmobilização da população e a perda de foco dos movimentos cívicos que
levaram milhões de brasileiros às ruas em 2014, 2015 e 2016 para derrubar o
governo corrupto do PT através do dispositivo constitucional do impeachment.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Essa mobilização de milhões de
pessoas por mais de dois anos seguidos, num processo complexo de idas e vindas,
incertezas e sofrimento, parece ter cansado o povo brasileiro. Depois da
aprovação da abertura do processo de impeachment pela Câmara dos Deputados
ocorreu uma visível desmobilização, estimulada pela subsequente confirmação da
tramitação do processo no Senado por maioria de dois terços. Em seguida,
operadores políticos do presidente Temer têm divulgado, frequentemente, que o
governo já contabiliza, pelo menos, 60 votos favoráveis à aprovação da
impugnação do mandato de Dilma Rousseff, dando <span style="font-family: "arial" , sans-serif;">a </span>entender que a remoção de Dilma
está garantida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Incapazes de antever o curso
dos acontecimentos, as neófitas lideranças dos diversos grupos que, em todo o
Brasil, convocavam o povo às ruas nos dois anos anteriores com foco unificado
no impeachment de Dilma, passaram a bater cabeça em torno do que fazer.
Bandeiras difusas, causas menores, divergências e brigas passaram a acontecer
no seio desses movimentos, no ambiente interno dos grupos virtuais através dos
quais foram debatidas e organizadas as ações de rua em prol do impeachment nos
anos anteriores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Aproveitando-se da confusão e
desmobilização dos movimentos cívicos a aliança dos corruptos firmou um
ACORDÃO, se reorganizou e traçou sua linha de ação adotando a mesma estratégia
que, na Itália, foi utilizada para neutralizar os efeitos da operação Mãos
Limpas: desmobilizar protestos, mudar a percepção da opinião pública, e, em
seguida, mudar a legislação visando facilitar o trabalho dos advogados de
defesa dos bandidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Ao observador atento, talvez
tenha passado desapercebido o conjunto de ações em curso visando atingir esse
objetivo. Vejamos então, uma breve lista:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">a)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Tentativa de reversão da decisão do STF, que,
acatando sugestão do juiz Sérgio Moro, aprovou a prisão imediata de condenados
em segunda instância;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">b)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Decisão do recém-eleito presidente da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), de impedir a prorrogação das investigações
da CPI do Carf;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">c)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Tentativa de sepultar as CPIs da UNE e da CUT
que devem investigar o destino de milhões de reais doados pelos governos
petistas a esses aparelhos do PT e do PCdoB, </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">a pretexto de “pacificar a Casa”</span>;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">d)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Tentativa de modificar a legislação sobre a
colaboração premiada de modo a impedir a aceitação da delação de indivíduos
presos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">e)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Tentativa de modificar a legislação sobre
condução coercitiva de modo a restringir seu uso pelas autoridades policiais;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">f)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Tentativa de constranger juízes procuradores e
policiais mediante aprovação de uma legislação que pode caracterizar como
“abuso de autoridade” procedimentos adotados pelas operações Lava Jato; Zelotes
e Acrônico, por exemplo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">g)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Substituição de delgados da Polícia Federal que
integram a operação Lava Jato, transferindo delegados experientes e com domínio
das investigações por outros;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">h)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Investigação e intimidação judicial de líderes
dos movimentos cívicos pelo “crime” de simples exercício da liberdade de
expressão;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">i)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Aprovação de legislação que autoriza juízes a
receber remuneração secreta por palestras patrocinadas por empresas ou
instituições, em evidente tentativa de institucionalizar a prática da compra de
impunidade pela corrupção legalizada de juízes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Não
subestimemos a criatividade dos nossos corruptos e corruptores. É possível que
essa lista seja mais extensa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Listadas
assim, em seu conjunto, essas iniciativas evidenciam uma clara estratégia em
curso, somente possível de se concretizar pela existência de três condições
básicas:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">1)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A operação Lava Jato está terminando e o juiz
Moro não pode julgar políticos com mandato. O julgamento dos corruptos com
mandato demorará a ocorrer, pois acontecerá no STF, onde acumulam-se processos
que a própria suprema curte admite não ter estrutura para agilizar (sem falar
no surgimento de referências a juízes corruptos no STJ e STF, por delatores
premiados);<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">2)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A Desmobilização da sociedade brasileira e
perda de foco dos movimentos cívicos que convocaram o povo às ruas em 2014,
2015 e 2016;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">3)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A existência de uma ACORDÃO DOS CORRUPTOS, que
envolve e cúpula de todo o sistema político (governo e oposição), advogados e
setores do judiciário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Essa é
a questão central da política brasileira hoje, do ponto de vista do cidadão
pagador de impostos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Se o
ACORDÃO DOS CORRUPTOS atingir seus objetivos, tudo o que foi feito nos últimos
anos pelo povo brasileiro nas ruas será jogado no lixo e não terá valido nada!
O juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato já disseram inúmeras vezes
que, sem apoio da opinião pública, nada teria acontecido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O que
é necessário para os corruptos e corruptores saírem-se vencedores?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Simples:
basta que você fique quieto e não saia às ruas para protestar.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Em
31/07 tem manifestação. Mexa-se!<o:p></o:p></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-35192919334020054052016-05-12T06:32:00.002-07:002016-05-12T06:33:10.680-07:00IMPEACHMENT POR IRRESPONSABILIDADE FISCAL<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Ninguém se deu conta da importância de o impeachment acontecer por irresponsabilidade fiscal. Isso terá consequências positivas para a saúde das contas públicas em todas as esferas da federação de valor inestimável.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-79923846934798520042016-05-03T08:34:00.001-07:002016-05-03T18:10:18.989-07:00TEMER E SUAS CIRCUNSTÂNCIAS: OU, A LUA DE MEL DE MOTEL<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Na política, a expressão “lua
de mel” caracteriza o período imediatamente após a eleição de um governante,
momento em que as expectativas do eleitorado, mesmo da fatia que não votou no
eleito, focam-se no desejo de que o governo dê certo, pois isso viria em benefício
de todos. Assim, o eleito ganha um “crédito” para tomar as medidas sem ser
cobrado por resultados imediatos, permanecendo um tempo em “estado de
observação”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A duração desse clima varia
conforme a capacidade de o governante acertar, produzindo resultados positivos
que correspondam à expectativa gerada. Se errar encurta ou interrompe a lua de
mel e começa a sofrer adversidades políticas. No caso de Temer, fatais. Daí o
título: Lua de Mel de Motel.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">As circunstâncias que limitam
de forma extrema a latitude e o tempo de Temer para agir sem espaço para errar
são de natureza política e econômica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Do ponto de vista político é
inescapável constatar que o PMDB é sócio do desastre produzido pelo PT. Além
disso, Temer, vice de Dilma, tem o nome citado em delações da lava jato e herda
significativas desconfianças. Inevitável desconhecer, também, o processo que
tramita no TSE contra a chapa Dilma/Temer, que, se prosperar, terá o poder de
abreviar seu já breve mandato. Pobre Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Convém ter em conta que boa
parte das medidas necessárias para correção estrutural da economia têm
potencial de municiar a oposição de esquerda recém desalojado do governo, com
um discurso e com um poder de mobilização que, se não forem neutralizados,
liquidam Temer na largada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Do ponto de vista econômico as
dificuldades não são menores. Segundo o especialista em contas públicas,
Mansueto Almeida no Painel Globonews desse fim de semana, nosso rombo fiscal é
de R$ 120 bilhões sem considerar-se os juros da dívida, e de R$ 640 bilhões se
incluído esse custo. Para ele, será necessário reduzir o custo da dívida em
cerca de R$ 250 bilhões em cerca de dois anos e meio para voltarmos a ter sustentabilidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Nessa conta, não estão
incluídos os aportes de capital do Tesouro nas estatais. No caso da Petrobrás o
aporte poderá girar acima de R$ 70 bilhões, sem considerar o impacto das
condenações da petrolífera na Justiça dos EUA, estimados em US$ 98 bilhões a
serem desembolsados em cerca de dois anos. Há rombos ainda não estimados na
Eletrobrás, na CEF, no BB e no BNDES, que somente serão conhecidos após auditoria
que Temer vem anunciando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Mansueto Almeida sustenta que
não vê como inverter esses números apenas cortando gastos e sem aumentar a
carga tributária. Eduardo Gianetti alegou que não temos fôlego para mais
impostos. Zeina Latif contestou Mansueto. Ela acha que se Temer conseguir criar
expectativas positivas invertendo a direção do vento na largada, cria-se um
cenário de curto prazo capaz de ampliar a latitude de jogo e dilatar o espaço
de tempo que Temer teria para sua lua de mel com o eleitorado. Concordo. Essa
equação é política, portanto. Sem sintonia fina com a opinião pública e o
mercado nada dará certo. A condução que Temer está dando ao processo revela que
ele tem consciência disso e condições de acertar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A primeira decisão a tomar é
com relação à equação do ajuste, com ou sem aumento de impostos. Mansueto alega
que mesmo com aumento, se conseguirmos reequilibrar as contas, chegaremos em
2018 no patamar em que estávamos em 2011. Bem, a pergunta que não lhe foi feita
é: dada a asfixia fiscal atual dos pagadores de impostos e conhecido o impacto
da chamada curva de Laffer, extorquir ainda mais os produtores de riqueza
aumentará a arrecadação? Intuo que o resultado será o inverso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Não sou economista, mas,
acrescento que um eventual aumento de impostos também tirará de Temer apoios
imprescindíveis (da classe média que foi às ruas e da FIESP, por exemplo), já
na largada. Se eu fosse conselheiro do rei, diria: não faça! Sua credibilidade
e seu apoio popular atuais não comportariam essa perda imediata, cujos ganhos de
médio prazo são, no mínimo, duvidosos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Onde há oxigênio? Na atração
de capitais externos. Exceto pelo petismo, que não conta, parece haver consenso
sobre essa alternativa: privatizar e flexibilizar os marcos regulatórios tornando as concessões
de portos, aeroportos, estradas, ferrovias, energia, exploração de petróleo e
tudo o que puder atrair investidores de forma agressiva. Em sentido oposto às concessões
tardias e fracassadas de Dilma, é preciso acenar com rentabilidade e segurança
jurídica aos investidores, mesmo que o Brasil esteja barato.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O caso do petróleo é
emblemático dado o prazo de validade dessa matriz na economia mundial e a queda
do preço que tornou os investimentos menos interessantes. Além de desfazer o
que o PT fez no pré-sal, talvez seja necessário flexibilizar mais, até mesmo o
marco regulatório tucano para as demais áreas de exploração, tornando o
investimento atraente ao pondo de interessar potenciais investidores que já perdemos
para outros competidores (México, por exemplo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O agronegócio, maltratado pelo
petismo, é outro setor que demanda um carinho especial e que, pela
competitividade combinada ao real desvalorizado, se incentivado com medidas
corretas, pode atrair divisas com rapidez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Medidas como essas, mesmo que
anunciadas e implementadas em curtíssimo prazo, requerem algum tempo para
produzir efeitos, ainda que na frente externa já estejamos colhendo os frutos
da desvalorização do real. Mais uma vez, o que se espera desse tipo de medida
não é o resultado econômico imediato, mas sim a reversão de expectativas
visando reconstituir o otimismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Conviria a Temer fazer
acompanhar essas medidas de máxima publicidade às descobertas que virão à tona
sobre o descalabro da gestão pública sob desmando petista. O objetivo aqui
seria mais o rebaixamento de expectativas visando ampliar o crédito para
aceitação de medidas incontornáveis como corte de gastos. A virtual sensação de
alívio posterior, ainda que psicológica, seria mais facilmente sentida pela
população quando o resultado positivo começar a acontecer, tanto mais quanto
mais grave for percebida, agora, a herança maldita do PT.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Supondo-se o sucesso inicial
na direção aqui apontada e tirado o paciente da UTI para a sala de recuperação,
haveria condições para avançar medidas estruturais incontornáveis como a
Reforma da Previdência? No curto prazo? Nem pensar! Se não vejo como aumentar
impostos sem atrair a ira das ruas, muito menos mexer nas aposentadorias. Nesse
terreno, o máximo que dá para fazer é aprofundar o debate sobre a gravidade da
situação, preparando o terreno para medidas futuras. Não esqueçamos que Temer
já é acusado de querer cortar os gastos sociais que Dilma está cortando. Esse
ônus já está precificado e é inescapável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Onde antevejo margem para
alguma alteração estrutural capaz de ser assimilada sem maiores resistências e
com potencial sobre a geração de empregos é na medida que prevê a sobreposição à
Lei dos acordos trabalhistas entre empregados em empregadores, trocando preservação
ou geração de empregos por redução de custos de contratação e demissão. A
Justiça Trabalhista (absurdo!), tem anulado esse tipo de acordo alegando
desrespeito à legislação. Dado o cenário de recessão e desemprego, há espaço
para avanços nessa área, sem que o debate se perca na chicana das desonerações
seletivas implementadas pelo PT e anuladas pela própria ineficácia e obtusidade
da ótica econômica petista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Assim, passo a passo, testando
cada possibilidade antes de agir, medindo no milímetro o eventual avanço e o
microcrédito político conquistado junto à opinião pública e o mercado no curtíssimo
prazo, Temer poderia ir criando as condições para algumas ousadias moderadas à
medida em que, se acertar mão, o povo for lhe concedendo a possibilidade de
curtir mais algumas noites no motel. O povo, em seu próprio benefício, deseja
que Temer acerte. O Brasil precisa que Temer acerte.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Assim agindo fecharemos as
contas das planilhas de Mansueto Almeida? Não sei. Mas, a Economia e a Política
são ciências do comportamento. E, para fechar as contas nessa matemática
política, impõe-se criar um ambiente favorável para que os especialistas em
planilhas trabalhem em condições de conduzir os números ao devido lugar.<o:p></o:p></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-84055073988683081572016-04-21T07:04:00.002-07:002016-04-21T07:04:38.671-07:00WHY THE IMPEACHMENT IS LEGAL AND 93% OF BRAZILIANS SUPPORT IT<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="font-size: 12.8px; text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">By </span></b><span style="background-color: #fefefe; color: #373e4d; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 12.8px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">Paulo Gabriel Martins de Moura, PhD</span></div>
<div>
Master in Political Science by the Federal University of Rio Grande do Sul (<span style="background-color: #fefefe;">UFRGS), with a <span style="color: #373e4d; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif;"><span style="white-space: pre-wrap;">doctorate in Communication by the Pontiff Catholic University of Rio Grande do Sul (PUCRS), and professor of Political Science of the Lutheran University of Brazil (ULBRA)</span></span></span></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">The approval by the lower house of Congress of the commencement of the imepachment process by 367 against 137 votes is the result of the persistence of millions of Brazilians who have been peacefully protesting on the streets and creating social movements for this end since the beginning of 2015.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">The impeachment petition signed by Helio Bicudo (former national leader of the Workers Party, to which presidente Dilma belongs), Janaina Paschoal and Miguel Reale Jr., three renouned lawyers in Brazil, was filed on May 27 with the suport of ‘Brasil Livre’, ‘Vem Pra Rua’, ‘Revoltados Online’, ‘Brasil Melhor’ and many other social movement groups that organize (without the support of any political party or corporate sponsors) the successive protests which have been taking millions of Brazilians to the streets since March 2015.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">This impeachment petition accuses Dilma Rousseff of disrespecting the Fiscal Responsibility Law, and is supported by the evidence provided by the Federal Court of Accounts (TCU), that is responsbile for assisting the Congress in auditing the Executive branch of the Republic, and that has rejected by unanimity the government acccounts.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">The impeachment proceedings obey the constitutional requirements, were approved by the Brazilian Supreme Court (STF), and are expected to be approved by the Senate in the next few weeks. The President, besides having committed fiscal fraud, which has generated an economic crisis without precedents in the Brazilian history (three years of recession with a negative 4% fall in the Gross Domestic Product (GDP), has also had her direct assistants cited by informers who made plea-bargain confessions in the Car Wash Investigations as having financed her electoral campaigns with money taken from Estate companies. There already exist evidence that Dilma has obstructed justice as well as having committed various other crimes. These crimes have led to the filing of yet another impeachment petition filed in Congress by the Bar Association of Brazil (OAB). <u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">Due to the fear of iminente loss of power, the Workers Party (PT) and Dilma Rousseff have decided to use the international media to plant a fantastic version of the facts saying that the impeachment is a coup d’etat, and does not find support in the facts. Therefore, the social scientist Augusto de Franco has mapped the false arguments of the Workers Party and identified the 7 lies that Dilma Rousseff is attempting to spread via the international media.</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
7 LIES THAT LULA, DILMA ROUSSEFF AND THE WORKERS PARTY (PT) HAVE INVENTED TO FOOL THE FOREIGN PRESS AND MANIPULATE THE PUBLIC OPINION… and the seven truths they omit to convey:-</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
The narrative of Lula, Dilma Rousseff and the Workers Party and its supporters reveal the narrative schemed by the Workers Party to spread to the international press that there would be a coup in Brazil. Let’s turn the questions - with some additions – into a script of false claims.</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
1 - By voting for opening the process, almost no congressman/woman mentioned the central point of the impeachment process, i.e. budgetary crimes. This is evidence that Dilma is being thrown out of office for other reasons not in the process.</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
2 - Government says previous administrations and state governments - including PSDB (major opposition party) - also employed budgetary crimes and were not shot down.</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
3 - When voting, congressman Jair Bolsonaro extolled the 1964 military regime and Colonel Ustra, convicted of torture and kidnapping. This proves that right is involved in the conspiracy to take Dilma out of office, without her having committed any crime.</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
4 - The US would be interested and would be working behind the scenes in favor of a change of government in Brazil.</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
5 - The next step to impeachment will be an operation to muffle the “Lava Jato” investigation to save corrupt politicians who want to depose Dilma. Most of those who voted for impeachment are corrupt and are just trying to escape justice.</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
6 - The head of congress, Eduardo Cunha had no credibility to conduct the impeachment. Allegations against him make his position untenable. He set it up for revenge and led the process to obtain the approval of impeachment by the House.</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
7 - Michel Temer, the vice president, is unable to preside over the country. Temer is mentioned in the Lava Jato and complicate his situation.<br />
Conclusion. The process is illegitimate. It seeks to revoke the 54 million votes received by an honest person, legitimately elected. It is a Coup (parliamentary) struck by the elites, by the conservative sectors and the right, who do not accept the results of the 2014 elections and who do not accept seeing the poor attending college and taking air-travels.</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
WHAT LULA, DILMA AND THE WORKERS PARTY FAIL TO MENTION</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
1 - That the process of impeachment was validated by the Supreme Federal Court, whose members (8 in 11) were mostly appointed by Lula and Dilma. That it was the Supreme Court that established the process (which is being closely followed by the Congress) and that most of its ministers (as judges in the Supreme Court are called in Brazil) publicly repudiate the false accusation that there is a coup in the country.</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
2 - That the vast majority of Members who voted in favor of impeachment (367 of the total of 513 against only 137 in favor of Dilma) were the government's base until recently. That Temer is the vice-president, chosen twice in a row by Rousseff and the PT, as the representative of the main alliance (with the PMDB) and was even named by Dilma recently as her political operator. That, so far, there is nothing consistent and discreditable to Temer in THE Lava Jato. That Cunha left the government coalition and not the opposition and that he was not the one who approved the impeachment, having only fulfilled the role of protocol to abide to the request for impeachment and forward its proceedings as Speaker of the House of Representatives.</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
3 - That all the leaders of the parliamentary opposition support the continuation of the Lava Jato operation and that the vast majority of the population also supports it, in addition to considering the judge Sergio Moro as a kind of hero of democracy.</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
4 - That the impeachment was only forwarded by the parliament due to the strong support of millions of people on the streets, in the largest political demonstrations in Brazil's history, on March 15th, April 12th, August 16th, 2015 and on March 13th and April 17th, 2016. That in Brazil there is now a popular opposition that was not organized, nor is led by any traditional political player, but emerged from the society and is willing to exercise the democratic resistance. That this popular opposition has nothing to do with Temer, Cunha and even with Aécio Neves (President of the main opposition party).</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
5 - That the vast majority of the population (almost 80%), according to surveys of all serious opinion polls, disapprove Dilma’s government and that over 60% of Brazilians are in favor of the impeachment.</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
6 - That Dilma committed several crimes of responsibility, which are typified in the report of the impeachment committee of the House of Representatives. That in Lula’s and FHC’s government there really was a mismatch between the moment public banks were spending to finance some social programs and the moment the bank received the money from the Treasury, but the Total amount in FHC’s government was R$ 500 million, in Lula’s the same thing, whereas with Dilma the were R$ 57 BILLION (much of it spent irregularly during an election year). That she also committed - though this is not on trial in the current impeachment process - many other crimes linked to the fraudulent purchase of the Pasadena refinery and the Petrolão (major corruption scheme involving the largest oil company in Latan - Petrobras) as a whole, that she practiced obstruction of justice (by appointing a minister from the Supreme Court to free the head of the contractors gang, Marcelo Odebrecht, from jail), that she was involved with the making of a false dossier against Ruth Cardoso, through its agent in the Civil House, Erenice Guerra (who is being sued by a bunch of other very serious crimes). And that in addition to all of this, she has become the deputy head of this faction (the head is Lula), turning the Planalto Palace into a bunker where she rallies to the partisan militancy and strikes attacks at the parliamentary and judicial institutions of the democratic state. That in practice, she has already delivered the presidency to Lula (who has no mandate, but has the power to buy parliamentarians holding public office with cash in a hotel room located near the Alvorada Palace, the official presidential residence). Finally, that she has invented and keeps repeating in Brazil and abroad, the false narrative of the coup, contrary to what the institutions of Brazilian democracy say.</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
7 - That the request for impeachment was not submitted by the opposition but by Helio Bicudo (former national leadership member of PT), Janaina Pachouli and Miguel Reale Jr., all known jurists with good reputation, having nothing to do with corruption.</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-31367342379059531302016-03-16T10:05:00.003-07:002016-03-17T05:01:14.389-07:00LULA MINISTRO É O ÚLTIMO SUSPIRO DO MORIBUNDO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="" data-block="true" data-editor="e006o" data-offset-key="lced-0-0" style="background-color: white; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="lced-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<br /></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="e006o" data-offset-key="evhap-0-0" style="background-color: white; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="evhap-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
Gente, desde o início o que está por trás do tabuleiro das aparências é um jogo de Moro contra Lula, jogado no tabuleiro debaixo da mesa. Poucas pessoas percebem, mas o resultado concreto desse jogo revela Lula com cada vez menos espaço de manobra. </div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="e006o" data-offset-key="91htc-0-0" style="background-color: white; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="91htc-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="91htc-0-0">Minha avaliação é que a entrada do Lula no governo é a última cartada; o último suspiro do moribundo. O que mais poderá Lula fazer depois dessa jogada? </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="e006o" data-offset-key="79hhb-0-0" style="background-color: white; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="79hhb-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="79hhb-0-0">Agora é hora de dar linha ao peixe. Especula-se com Meireles no BC e um ministro da Fazenda com perfil "Palocci". Em sentido contrário ao que se especula sobre queima de reservas e baixa dos juros na marra, Lula pode buscar apoio do mercado com medidas estruturais ortodoxas e medidas populistas de baixo custo para a massa (aumentar bolsa família, por exemplo). Há sinais de que Renan vai dar crédito ao Lula. </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="e006o" data-offset-key="fc445-0-0" style="background-color: white; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="fc445-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="fc445-0-0">É cedo para saber, mas não devemos subestimar Lula. Não sabemos, também, se as medidas na Justiça tentando anular a posse de Lula darão certo. Na minha leitura, repito, é hora de dar linha ao peixe, tendo uma certeza: depois de Lula completar seu lance e assumir o governo, será a vez de Moro reagir. Munição ele têm e se não prendeu Lula é porque não tem tudo o que precisa para prender e não soltar mais. </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="e006o" data-offset-key="b58lc-0-0" style="background-color: white; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b58lc-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="b58lc-0-0">Lembrem-se, a operação Lava Jato está no número 24, mas na prateleira dos documentos das próximas operações, já havia, até a semana passada, arquivos numerados até o 31. Quando age em público, moro está sempre vários passos à frente no bastidor.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="e006o" data-offset-key="6s3l8-0-0" style="background-color: white; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="6s3l8-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="6s3l8-0-0">Quanto de fôlego Lula terá? Não sei. Mas, que milagre ele pode fazer para salvar a economia e mudar o humor do povo no curto prazo? Que milagre ele pode fazer para barrar Moro, impedir a prisão de seus filhos, impedir as consequências da delação de Delcídio? </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="e006o" data-offset-key="37k4s-0-0" style="background-color: white; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="37k4s-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="37k4s-0-0">Avançamos quilômetros no território deles e Lula está erguendo barreiras defensivas na sua última trincheira. Ainda pode ter alguns tiros para dar, mas duvido que consiga segurar a avalanche de fatos negativos que vai emergir em profusão contra ele e o PT. </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="e006o" data-offset-key="57jtv-0-0" style="background-color: white; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="57jtv-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="57jtv-0-0">Lembrem-se que, até a pouco, especulava-se com a ida de Lula para a oposição à Dilma e agora ele se viu forçado a tomar o poder num golpe branco. Assumiu sua criatura. Repito: o que restará a ele quando esse lance esgotar seu potencial? </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="e006o" data-offset-key="99vjv-0-0" style="background-color: white; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="99vjv-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="99vjv-0-0">Todo moribundo dá uma melhoradinha antes de pegar na mão daquela senhora de preto que aparece com um gadanho na mão para levar os maus para o inferno. Isso não significa que devamos ficar passivos. Mas, também, significa que devemos manter acesa a chama da esperança. Eu confio em Moro e na dinâmica do fatos para responder à altura esse golpe do PT.</span></div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-12435757799398251002016-02-14T05:19:00.002-08:002016-02-14T16:19:33.762-08:00CARTA ABERTA PARA BEL PESCE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Por Paulo G. M. de Moura<br />
<br />
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Querida
Bel Pesce;<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Você não
me conhece. Mas, quando o horário do seu comentário na CBN coincide com o
momento em que estou levando meu filho ao colégio te ouço. Por isso, resolvi
ouvir sua leitura traduzida da “Carta Aberta ao Brazil”, escrita e publicada no
Facebook por um tal Mark Manson, um cara que eu não saberia quem é não fosse
por você, e que veio aqui, pegou uma das “nossas” garotas e está levando-a
embora para a casa dele no EUA, certamente por escolha certa dela. Bom, pelo menos ele é um cara correto e está
avisando: Oh! Tô levando...<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Voltemos
à tal carta. Ouvi você lê-la até o fim. Fiquei um pouco incomodado com algumas
passagens do texto, mas, como me empolguei com o conjunto da obra (sou impulsivo),
e como a carta contém algumas verdades inegáveis sobre certos problemas de
caráter da nossa nação, saí compartilhando inadvertidamente, com meu filho de
dezesseis anos, meus irmãos (menos para uma irmã que é petista), e para meus melhores
amigos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Ao ouvi-la
lendo a carta, o meu amigo Jefferson da Silveira postou o seguinte comentário
abaixo do seu post que repliquei no meu Face: <i>“</i></span><i><span style="background: #f6f7f8; color: #141823;">Acho este vídeo danoso, pois ela
afirma que não adianta tirar a Dilma que nada vai mudar... por que precisamos
mudar nós e que a economia está tão problemática que não tem solução... ESTE
PAPO É MUITO BOM PRO PT, PRECISAMOS FALAR EM TIRAR A DILMA E O PT PARA ONTEM...
QUE AS COISAS VÃO MELHORAR PRINCIPALMENTE A ECONOMIA... todo o resto se muda
com, educação e vai levar muito tempo; precisamos resolver o agora!</span>”<o:p></o:p></i></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background: #f6f7f8; color: #141823;">Quer saber Bel. Fiquei tão incomodado que acordei diversas
vezes essa noite pensando nisso. Logo cedo (hoje é domingo) saí da cama e fui
ler a carta na fonte. Putz! Logo eu, que sou analista político de profissão
deixei essa bola passar no meio das minhas pernas? Logo eu que aprendi com Aristóteles
que todo discurso é uma meia verdade, fui esquecer de ler as entrelinhas da
carta do Manson?<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background: #f6f7f8; color: #141823;">Sabe como me senti Bel? Como seu eu tivesse batido no retrovisor
do carro de todas as pessoas para quem compartilhei teu vídeo. Bah! Só conseguirei
dormir direito na próxima noite se eu for atrás de uma por uma das minhas vítimas
para “indenizá-los” com esse esclarecimento. Viu Mark Manson!?<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background: #f6f7f8; color: #141823;">Em síntese, o meu amigo Jefferson disse o que importa. Mas,
sinto-me obrigado a ir aos detalhes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background: #f6f7f8; color: #141823;">Sim, é verdade que “</span><i><span style="color: #333333;">Não é segredo para ninguém que você </span></i><span style="color: #333333;">(o Brasil)<i> está
passando por alguns problemas. Existe uma crise política, econômica, problemas
constantes em relação à segurança, uma enorme desigualdade social e agora, com
uma possível epidemia do Zika vírus, uma crise ainda maior na saúde</i>”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Opa! Em
todos esses casos, não foi o povo brasileiro que bateu no retrovisor de si
mesmo e fugiu sem pagar. Está certo que aquilo que os partidos nos oferecem
para escolher como governantes é o que há de pior na nossa sociedade. Isso, no
entanto, não elimina o fato de que estamos sendo governados há 13 anos pelo
Partido dos Trabalhadores, e que, portanto, às crises a que você se refere têm
responsáveis flagrados e identificáveis pelas “câmeras de segurança” da
imprensa independente (que ainda existe graças à internet, não obstante as tentativas
do PT para acabar com nossas liberdades).<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Óbvio
que, se acreditamos no valor da liberdade, na capacidade autônoma dos indivíduos
de construir seus destinos individuais e coletivos e na responsabilidade de
cada um e de todos pelas decisões e atitudes que assumimos, temos que concordar
com o argumento do Manson quando ele afirma que há uma relação entre o “caráter”
nacional dos brasileiros, a herança fundacional da nação e o destino desastroso
que construímos ao nos deixarmos governar pelo PT por 13 anos (que nos custarão
uma geração ou mais para consertar, se fizermos as escolhas certas daqui para
frente).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 19.5pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Mas,
vamos com calma nesse negócio de dizer “você é o problema”. Você que estudou
nos EUA, numa das melhores universidades do mundo, e que, “foi eleita um dos
líderes mundiais mais admirados pelos jovens”, sabe que todo norte-americano
sai da maternidade já com um PhD em marketing. Manson, além de bom marqueteiro
de si mesmo, faz na sua carta referência às “<i>teorias sobre o sistema de governo, sobre o colonialismo, políticas
econômicas, etc.</i>”. Mas, ele preferiu substituí-las pelo seu dedão de Tio
Sam acusando todos os brasileiros de sermos responsáveis sobre essa Zica, com “C”
que se abateu sobre nós. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 19.5pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Zica,
no meu tempo (tenho 55 anos), significava “</span><i><span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">algo muito ruim que aconteceu, como um azar, uma confusão que ocorreu,
um problema ou desentendimento. (...) Ou, na gíria uma maldição, um momento de
baixo astral, pode ser também um mau presságio, um mau agouro</span></i><span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">” (<a href="http://www.sonhosbr.com.br/sonhos/significados/significado-de-zica.html">http://www.sonhosbr.com.br/sonhos/significados/significado-de-zica.html</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 19.5pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">A epidemia de Zika,
com “K”, tem várias causas, dentre as quais a irresponsabilidade dos nossos
governantes no combate ao mosquito Aedes Aegypti (parcialmente compartilhada
por gente que não cuida do “seu quintal”). Mas, você sabia que a microcefalia
pode ter origem no </span><strong><span style="color: #3b3838; font-size: 12.0pt; font-weight: normal;">larvicida Pyriproxyfen</span></strong><span style="color: #3b3838; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"> </span><span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">usado pelo governo para combater o
mosquito causador? Ou, segundo uma denúncia que circula na internet, pode ser
consequência de um lote de vacinas vencidas aplicadas irresponsavelmente na
população vítima, pelo governo? Ninguém vai investigar e desmentir isso?<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Mas, o Triplo X da questão,
que mais me incomodou na carta do Manson está nessa frase aqui oh: “<i>Você está ferrado. Você pode tirar a Dilma
de lá, ou todo o PT. Pode (e deveria) refazer a constituição, mas não vai
adiantar. Os erros já foram cometidos anos atrás e agora você vai ter que viver
com isso por um tempo</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Como assim não vai
adiantar tirar o PT? Conviver com o que
por um tempo? Com a Dilma por mais três anos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">O Mark Manson, que conhece
“<i>teorias sobre o sistema de governo,
sobre o colonialismo, políticas econômicas, etc.</i>” para explicar o Brasil, reconhece
que nosso “<i>governo não vai conseguir
pagar todas as dívidas que ele fez a não ser que mude toda a sua constituição</i>”.
Finalmente ele, que está indo embora e levando uma das “nossas” garotas de
sorte para os EUA, acha que tudo bem nós continuarmos aqui nessa merda,
governados pelo PT por mais três anos, sabendo que a Dilma não tem a menor
intenção de reformar a Constituição e que está insistindo na política econômica
desastrosa que nos trouxe até aqui?<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Bel, a Argentina estava
pior que o Brasil, mas elegeu o Macri. O cara recém sinaliza algumas medidas políticas
e econômicas em sentido oposto às dos governos bolivarianos e os investidores
internacionais já começaram a se interessar em voltar a investir lá (inveja
branca de <i>Los Hermanos</i>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Bel, a maioria esmagadora dos
brasileiros, hoje, todas as pesquisas comprovam, reprova o governo da Dilma e
apoia o seu impeachment. Os poucos brasileiros que ainda se opõem ao
impeachment são aqueles que “bateram no nosso retrovisor” e estão querendo
fugir sem pagar. Eles formam a elite que controla o Estado sob comando do PT,
que por sua vez, tem na sua mão os rabos comprados da maior parte dos políticos
(inclusive da oposição), de parte importante dos juízes, das grandes empresas
de mídia e de grande parte dessas empresas que, como diz Manson “<i>pegaram dinheiro demais emprestado </i>(no
BNDES, no Banco do Brasil e na CEF?) <i>quando
o dólar estava baixo, lá em 2008-2010 e agora não vão conseguir pagar já que as
dívidas dobraram de tamanho. Muitos vão falir por causa disso nos próximos anos
e isso vai piorar a crise</i>”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Sim, muitas dessas
empresas e outras tantas envolvidas na Lava Jato vão falir e dar o calote nessa
população que “<i>não é do tipo que poupa</i>”.
Quer, dizer, só não vão falir se a mídia,
os políticos, os juízes e algumas das “lideranças mundiais mais admiradas pelos
jovens” continuarem se omitindo na responsabilização dos acionistas dessas
empresas que deveriam indenizar com seu patrimônio em ações e propriedades o
saque aos cofres públicos da nação. Nos EUA é assim que se faz. Vamos aceitar
passivamente eles fugirem sem pagar?<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Bel, você estudou no MIT
e, evidentemente, pelo sucesso profissional rápido que conquistou tão jovem,
entende de marketing. Então vamos lá: você sabe qual é o principal argumento
que o marqueteiro do diabo que orienta o PT inventou para livrar Lula e sua
turma da cadeia? Ele aponta o dedão acusador para todos nós brasileiros com
esse mesmo argumento do Manson: “o culpado é você que também é corrupto”! <o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">E, claro, se todos somos
corruptos, ou vamos todos para a cadeia, ou devemos deixar Lula, Dilma e o PT
livres e impunes, como Manson sugere ao dizer que “não adianta tirar o PT”,
pois estamos e vamos continuar ferrados por uma década. <o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Uma década só? Incluindo
mais três anos de governo petista? Otimista demais ele. Não te pareceu?<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Quer saber Bel, esse é o principal
problema da carta do Manson ao Brasil. No meio de algumas verdades que ele
apontou há mal explicadas lacunas. E, justamente, as lacunas mais sintomáticas,
coincidem com os argumentos que Lula, Dilma e o PT esgrimem para continuar
impunes e no poder,<o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Desculpe-me a franqueza
Bel. Não sou adepto de teorias da conspiração, mas, no sono inquieto dessa
madrugada cheguei a pensar que o tal Mark Manson é um personagem fictício e que
essa carta que você leu de boa-fé, era obra do marqueteiro do diabo para tentar
esvaziar as novas manifestações pelo impeachment que faremos dia 13 de março
próximo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Talvez eu devesse dirigir
essa carta para ele. Mas, eu sei que você existe e escolhi você, pois foi
através do seu vídeo que tomei conhecimento da tal carta. E, nesse momento, seu
vídeo já ultrapassou 2,6 milhões de visualizações. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="selectionshareable" style="background: white; line-height: 22.3pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333;">Não seria correto de minha
parte quebrar o retrovisor de tanta gente ao compartilhar sem críticas esse seu
vídeo lendo a carta do Mark Manson. Espero vê-la nas ruas conosco dia 13 de
março na luta para tornar mais breve o sofrimento de todos nós. Bom domingo
para você.<o:p></o:p></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-59767414221665824822015-02-04T15:21:00.001-08:002015-02-06T17:12:51.680-08:00RUM COM COCA COLA - RELATOS DE UMA VIAGEM À CUBA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Em 1924 Trotsky e Stalin divergiram
sobre os destinos da revolução russa. Trotsky defendia a necessidade de
implantar o socialismo em todo o mundo. Stalin defendia a viabilidade do
socialismo num só país. A Rússia vivia as dificuldades dos primeiros anos da
revolução. Para estimular a economia, Lenin defendeu “dar um passo atrás para,
depois, dar dois passos à frente”. A Nova Política Econômica (NEP) restabeleceu
a livre inciativa e a pequena propriedade para estimular o crescimento da economia
para, depois, “avançar” com a estatização total.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Com o fim da URSS, que importava
açúcar a preços superiores aos de mercado (hoje Cuba importa açúcar), os
cubanos enfrentaram tempos difíceis. O regime rendeu-se à “NEP” de forma
envergonhada. Por isso, a escassez reina. Charutos, rum e turismo é o que Cuba vende.
E agora, acabou-se o petróleo venezuelano grátis. A esperança vem dos EUA.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">O Estado emprega 7 milhões de
“oficiales” num país de 11 milhões de habitantes. Mesmo nas empresas mistas (51%
do governo e 49% do investidor), os funcionários são públicos. O salário, em
pesos, dura uma semana para compras nos armazéns do Estado. Um cubano precisa
de vinte e cinco pesos para comprar um CUC (peso conversível equivalente ao
Euro). Os trabalhadores do tabaco recebem parte do salário em folhas de fumo.
Fabricam charutos piratas para vender aos turistas alegando serem produto de
cooperativas. Agricultores e pescadores desviam produtos para vender em CUCs no
mercado paralelo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Uma obra exequível em um ano de
trabalho consome até cinco anos sob essas condições. Todos fazem corpo mole e
precisam sair às ruas a partir das 14:00 para trabalhos autônomos pagos em CUCs,
caso contrário falta o que comer. Quem não consegue passa fome e pede comida,
roupas e sabonete aos turistas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Os serviços aos turistas são os
mais rentáveis. Ao sair dos hotéis você é abordado por pessoas que indicam
restaurantes. Esse serviço é pago em comida pelos donos dos “paladares”;
restaurantes familiares, antes clandestinos e agora legalizados. O nome tem
origem numa novela, na qual o personagem de Regina Duarte tinha um restaurante
chamado “Paladar”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Os taxis são “ótimo” negócio. Há
taxis “rentados” ao Estado e taxis privados. Quem arrenda o carro paga vinte e
sete CUCs por dia ao governo. Mas, o governo proíbe o taxista privado de fazer
ponto. Se for flagrado (há câmeras por toda Havana) “parqueado” em frente aos
hotéis, o taxista paga quinhentos CUCs de multa. “- Esses caras dão um passo
adiante e dois para trás”, ironizou nosso taxista, lembrando Lenin.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">O governo cobra dez por cento ao
ano de imposto desses capitalistas. Não há taxímetro ou caixa registradora nos
restaurantes, pequenos mercados, bancas de artesanato ou salões de beleza. O
leão socialista define uma média do que imagina ser o faturamento do pagador de
impostos. Se for “subdeclarante” o empreendedor cubano conhecerá suas garras. Todos
pagam um pouco mais do que a média oficial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Não se veem cubanos obesos em
Havana. O povo está acostumado a comer pouco e a passar muitas horas sem comer.
Pagamos almoço a um taxista. Arroz, feijão, salada; peixe, frango ou porco e um
refrigerante. Carne de vaca não há. Um legítimo PF por quinze CUCs. “– Com essa
refeição posso passar três dias sem almoçar”, disse ele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Nos resorts de Varadero há
cubanos “bem nutridos”. Os funcionários fazem as refeições nos hotéis. Maquiagem,
roupas e calçados de melhor qualidade doados pelos turistas, fazem a diferença visual
entre cubanos de Havana e Varadero. Cubanos de Havana não podem se mudar para
Varadero para comer e vestir melhor. O governo não deixa. Somente moradores
próximos podem trabalhar nos hotéis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">O povo cubano vive amontoado em
casas em decomposição. Três gerações sob o mesmo teto. Caminhões pipa abastecem
suas caixas d´água. Água também é produto escasso. Os taxis são inacessíveis
para quem não ganha em CUCs. Os cubanos vivem na rua e nas praças e só vão para
casa dormir. Caminham muito pela cidade pois o transporte coletivo é precário,
escasso e lotado. Em Havana são ônibus velhos. Fora de Havana o transporte faz-se
em caçambas de caminhões com bancos de madeira e cobertos com lona.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">E a saúde? Em poucas palavras um
taxista descreveu-nos o SUS. Sim, o que se alardeia como maravilha são serviços
padrão SUS. Saúde preventiva em condições precárias e poucos hospitais com
alguns equipamentos de diagnóstico (tecnologicamente superados). E muita
propaganda. Um cubano pode levar meses na fila por um exame nesses equipamentos.
A menos que se torne “cliente privado” de um médico pago em CUCs, que, dará um
“jeito” de furar a fila.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Um dos nossos taxistas pegou em
armas na revolução. Tem mais de setenta anos. Ganha mais como taxista do que ganhava
como engenheiro. Dirige um carro com mais de sessenta anos de rodagem com pneus
novos presenteados por um turista europeu. Levou-nos a Miramar. O bairro das
mansões que lembram a Miami dos anos 1950. Todas essas mansões são embaixadas? “-
Não. Aqui vivem os nossos governantes. - Logo adiante é o ‘Reparto Zero’, onde
vivem Fidel e seus familiares.” Podemos ver? “- Não! Zona proibida. Inclusive,
desde aqui onde estamos você vai preso se fotografar. – Veja as placas.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Não obstante, ouve-se de cubanos
de diferentes quadrantes da ilha: - “Não temos mais problemas políticos, nossos
problemas são econômicos”. Repetem o jargão da retórica oficial, alegando que
não há mais conflitos internacionais em função da oposição ao regime, apenas as
consequências do embargo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Mas, o anseio por liberdade e a
esperança no fim do embargo revela-se sempre, de forma mais ou menos explícita
nas falas e olhares dos cubanos. Cuba é um mar de oportunidades. Temo que a
prosperidade, quando jorrarem os dólares, seja percebida como obra dos Castro.
E, que “Cuba Libre” continue sendo apenas “rum com Coca Cola”.</span><o:p></o:p></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-6425279300826805322014-12-18T14:56:00.000-08:002014-12-20T03:34:37.312-08:00DILMA E AS CIRCUNSTÂNCIAS DO GOVERNO QUE HERDOU<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">A presidente Dilma esforça-se
para transparecer que o momento é de normalidade e que reina a calmaria na cena
política. O anúncio da equipe econômica foi o lance principal desse esforço
para impor uma agenda positiva ao noticiário dominado pelo escândalo da
Petrobrás e pelos números cada vez piores da economia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">O “mercado”, dizem, reagiu bem
aos três nomes. Sempre acho estranha essa propensão ao otimismo e ao desejo de
acreditar no governo que essa entidade abstrata que chamam de “mercado” revela pela
boca de certos comentaristas. Qualquer analista com conhecimentos parcos da
teoria econômica poderia prever, com base nos livros e na experiência, que as
aventuras de Dilma e Mantega na condução da economia só poderia dar no que deu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">As estripulias começaram quando
Mantega assumiu o ministério da Fazenda esforçando-se para destruir o trabalho
de Henrique Meireles no BC, para conter a inflação. Isso, no entanto, não
impediu a conceituada revista The Economist, de insuspeitas inclinações
liberais, de publicar aquela capa com o Cristo Redentor disparando aos céus
como um foguete a representar a suposta consistência dos rumos do Brasil sob
comando petista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Não bastaram a teoria e as
experiências pregressas com as concepções econômicas de Dilma e Mantega para
The Economist projetar o cenário que hora se apresenta. Foi preciso o fracasso
se apresentar como evidência e prova para que The Economist publicasse outra
capa com nosso Cristo voando como galinha rumo ao fundo da baía da Guanabara.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">E o erro se repete com a anúncio
da “nova” equipe econômica. A toada dos comentaristas chapa branca reconhece os
tempos difíceis, afinal, não dá para negar o óbvio, mas revela otimismo e
confiança de que Dilma teria se rendido e jogado os livros nos quais estudou
economia no lixo e mudado de posição para o extremo oposto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">O fiador desse otimismo
injustificado é Joaquim Levy. Somente ele. Nelson Barbosa reza pela cartilha de
Dilma e Mantega em matéria econômica e somente saiu do governo por discordar da
criatividade de Arno Augustin no trato da contabilidade governamental. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">O aumento dos juros logo após a
eleição foi percebido pelo “mercado” como sinal de independência do BC. É o
contrário. O aumento dos juros se fazia necessário muito antes da eleição e só
não aconteceu porque Tombini obedeceu as ordens de João Santana. Tombini
somente foi guindado à presidência do BC por ser submisso à Dilma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">As tintas com que mandaram pintar
a fachada da “nova” política econômica, de fato, respondem à necessidade
incontornável de corrigirem-se as trapalhadas de Dilma e Mantega nos dois
últimos mandatos presidenciais. Levy é um cavaleiro solitário lutando contra o
exército de ministros da Dilma, todos sedentos por gastar, gastar e gastar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Os otimistas baseiam seu otimismo
na comparação entre o governo Dilma II com o governo Lula I. Ocorre que os
ajustes ortodoxos patrocinados por Palocci no governo Lula I foram
implementados tendo como base uma economia com os fundamentos organizados
legados por FHC ao seu ingrato sucessor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">A situação atual é muito
diferente. Não há mais dinheiro sobrando no mundo com disposição para correr
riscos em apostas em quem pensa e governa como Dilma e o PT. Há quem confunda
inflação com o índice que o IBGE divulga de tempos em tempos. O índice é apenas
o índice. Inflação é um fenômeno econômico decorrente do descontrole do gasto
público e não do aumento ocasional do preço do chuchu, do tomate, da carne ou
dos ovos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Enquanto os fundamentos da
economia não forem reorganizados, não bastará ao BC aumentar ainda mais, e sem
convicção, os juros, para conter a inflação. A bagunça é tamanha que torna
difícil entender-se a pressa com que o “mercado” sorriu para Dilma olhando para
Joaquim Levy.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">As análises mais sérias que se podem
encontrar nas páginas dos jornais projetam um cenário de prolongada estagnação
(ou recessão) com inflação cercando o teto da meta nos próximos dois anos,
somente caminhando para um crescimento de 2% do PIB em 2018, ano em que Lula
decidiu voltar à Presidência da República. Isso, é claro, se Dilma deixar
Joaquim Levy fazer tudo o que precisa ser feito para consertar seus estragos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Faltou combinar com os árabes,
que decidiram derrubar os preços do petróleo para um patamar próximo dos U$
50,00 o barril, por cerca de quatro ou cinco anos, para tornar desinteressante
aos americano</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">s o investimento nos novos métodos de produção do ouro negro e do
gás de xisto.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Essa decisão levará a Venezuela
ao colapso nos próximos dias e forçou Cuba a abrir as pernas para Obama, pois
os Castro sabem que da Venezuela e do Brasil não receberão mais almoço “grátis”
às nossas custas. Só o capitalismo, de mercado ou de estado, salvará Cuba de um
destino venezuelano. E isso tem fortes impactos políticos sobre o projeto
bolivariano hegemonista que o Foro de São Paulo projetava para o continente.
Dilma terá que se virar sozinha para sair dessa enrascada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Tudo indica que recém começa-se a
perceber o tamanho do estrago que a quebra da Petrobrás causará à economia
brasileira. Os custos econômicos dessa aventura patrocinada pelos corsários do
lulopetismo ainda não são claros e crescem assustadoramente a cada dia que
passa. Lula e Dilma gastaram os créditos futuros do pré-sal. A Petrobrás não
tem dinheiro nem crédito para financiar a exploração no mar profundo. Explorar
esse petróleo se tornou desinteressante com o barril a U$ 50,00. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Isso que as investigações nas
demais obras públicas de todo o país e de vários ministérios, da lista de 750
encontradas na planilha de Alberto Youssef, sequer começaram. Dadas as circunstâncias, não convém, também, menosprezar a
declaração do Procurador Federal Hélio Telho Corrêia Filho ao afirmar que o
escândalo do BNDES poderá ser sete vezes maior do que o do petrolão e o do mensalão juntos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Terá Dilma a humildade, a
competência e a coragem para desfazer a cagada de Lula quando resolveu mudar o sistema
de exploração do petróleo do modelo de concessões criado por FHC, pelo modelo
de partilha? Será possível recuperar a Petrobrás sem privatizá-la? E se a
privatização for inevitável, Dilma venderia o que sobrou da “nossa” queridinha?
E a Eletrobrás? E o BNDES? Duvido!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Bem, até aqui estivemos falando
de economia. Mas economia não é ciência dos números; é ciência do
comportamento. E, não é possível projetar cenários econômicos sem considerar as
variáveis políticas, que também são comportamentais. Não parece que o apressado
otimismo com que o “mercado” recebeu Levy tenha precificado essa variável em
todas as suas dimensões. Até porque, a ignoraram e também, porque os custos
intermináveis dessa roubalheira indiscriminada não param de jorrar das páginas
do noticiário. Impossível precificar agora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Lula foi chamado à PF para
esclarecer o mensalão e será chamado de novo para explicar o petrolão. Se a PF
está chamando Lula só pode ser porque o nome de Lula já circula nos relatórios
das delações premiadas. Assim como os custos econômicos da destruição da
Petrobrás não param de crescer, a precificação do strike que esse escândalo fará
em todo o sistema político também é impossível agora, diante do desconhecimento
sobre o tamanho da frota de corsários que sangra os cofres públicos a serviço
do projeto hegemonista do petismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Num país sério todos os
condenados deveriam pagar penas perpétuas. As empreiteiras deveriam ser
declaradas inidôneas e sofrer intervenção do governo na tentativa de sanear o
setor e salvar algumas com novos donos. Mas, para isso, Dilma, ou o presidente
que vier a sucedê-la depois do impeachment, terá que abrir o mercado às empreiteiras
estrangeiras. Quem terá vontade ou coragem de fazê-lo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Num país sério, certamente, ao
final das investigações desse escândalo, partidos-máfia inteiros terão que ser
extintos e proscritos. Quem terá vontade ou coragem de fazê-lo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Por fim, não convém menosprezar
as manifestações de rua que se seguiram ao fim da eleição pedindo o impeachment
de Dilma. A imprensa mente e distorce os fatos, tenta minimizar e
descaracterizar essas manifestações. Mas, num cenário que combina crise
econômica com crise política e institucional, num contexto em que os pagadores
de impostos serão chamados a arcar com a conta desse descalabro, a hipótese de
que vejamos repetirem-se eventos como os de junho de 2013 não é nada
desprezível. Só que agora há líderes à frente das manifestações de 2014. E são
todos de direita. E os defensores de um golpe militar são minoritários, para
desagrado do PT e da mídia chapa branca.</span><o:p></o:p></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-58903433624138775442014-11-18T05:20:00.001-08:002014-11-18T05:25:15.927-08:00SALÁRIO MÍNIMO REGIONAL E OPORTUNISMO POLÍTICO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Helvetica, sans-serif; font-size: 1.3em; font-stretch: inherit; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
No dia 12/11 ZH estampou capa com o governador que sai propondo aumentar o salário mínimo em 16% e com a suposta concordância do governador que entra. O assalariado desavisado deve ter sorrido de felicidade.</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Helvetica, sans-serif; font-size: 1.3em; font-stretch: inherit; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
Será isso uma bondade? Que consequências a virtual aprovação dessa medida pelos deputados trará para a economia gaúcha?</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Helvetica, sans-serif; font-size: 1.3em; font-stretch: inherit; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
Nossa economia encontra-se a caminho da recessão. A inflação está acima do teto da meta e, tudo indica, se manterá assim em 2015. O emprego industrial caiu pelo sexto mês consecutivo. Esse cenário é radiografia do passado.</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Helvetica, sans-serif; font-size: 1.3em; font-stretch: inherit; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
Governo novo, ideias novas, lembram? No meio empresarial ninguém parece acreditar.</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Helvetica, sans-serif; font-size: 1.3em; font-stretch: inherit; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
Fechadas as urnas as empresas aceleraram as demissões. O grupo Randon, de Caxias, um dos grandes, acaba de ordenar a redução em 5% em seus quadros. As grandes empresas relutam em demitir devido aos altos custos da dispensa. Empresas desse porte têm fôlego para preservar empregos se vêem o futuro com otimismo. Quando demitem é porque estão pessimistas.</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Helvetica, sans-serif; font-size: 1.3em; font-stretch: inherit; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
Grandes empresas não pagam salário mínimo. Quem paga salário mínimo são as pequenas e microempresas e os empregadores domésticos. As pequenas e microempresas são as maiores geradoras de empregos.</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Helvetica, sans-serif; font-size: 1.3em; font-stretch: inherit; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
O que acontecerá com esses empregos se o salário mínimo for elevado em 16%, portanto, 9,5 pontos percentuais acima da inflação? Alguma dúvida?</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Helvetica, sans-serif; font-size: 1.3em; font-stretch: inherit; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
Todos que acompanharam a recente campanha eleitoral sabem que as finanças públicas do RS foram levadas pelo governador derrotado à mais grave crise de que se tem notícia. Estamos afundados no “cheque especial e no rotativo do cartão de crédito”.</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Helvetica, sans-serif; font-size: 1.3em; font-stretch: inherit; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
Além disso, o governador que sai deixa como herança aos pagadores de impostos, várias prestações dos aumentos de salários que concedeu ao funcionalismo. Não havendo mais de onde tirar dinheiro, conseguiu com “a gerente do banco”, mais R$ 2 bilhões de “limite do cheque especial” para que possamos nos afundar ainda mais em dívidas impagáveis.</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Helvetica, sans-serif; font-size: 1.3em; font-stretch: inherit; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
O curioso, para não dizer alarmante é que o já quase ex-governador sorri para as câmeras dizendo que deixou tudo pronto para o governador que entra fazer um excelente mandato. Completa o serviço com a “bondade” fatal para os milhões de futuros desempregados que produzirá nas micro e pequenas empresas gaúchas.</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Helvetica, sans-serif; font-size: 1.3em; font-stretch: inherit; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
O que pensar de um “concertador” de obra tão magnífica? Quem terá coragem de desarmar essa bomba?</div>
<br />
(Publicado originalmente em http://wp.clicrbs.com.br/opiniaozh/2014/11/14/artigos-salario-minimo-regional/)</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-15192080948837355082014-11-10T05:04:00.001-08:002014-11-10T05:04:03.366-08:00A OPOSIÇÃO EFICAZ<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em junho de 2013 milhões foram às
ruas contra a corrupção e por melhores serviços públicos de transporte,
educação, saúde e segurança. O que ocorreu em 2013 nada tem a ver com as
mobilizações que a esquerda costumava liderar no século XX, sob o comando de
sindicatos, associações de bairro, entidades estudantis e a esquerda da Igreja.
Emergiu no Brasil, assim como na Espanha em 2004, na Tunísia e no Egito em 2011
e na Turquia, Ucrânia e Venezuela mais recentemente, um fenômeno típico das sociedades-rede.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Correndo por fora das organizações
tradicionais, milhões de cidadãos conectados pelas mídias sociais saíram às
ruas para se manifestar e, sem planejar isso como objetivo, derrubaram ou
desestabilizaram governos. Tudo ocorreu sem lideranças, sem organizações de
massas, sem projetos de poder e sem controles.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na eleição que se encerra, essa
mobilização em rede reapareceu com a militância a favor de candidaturas de
oposição, movida pelo desejo de mudanças. Milhões de pessoas se expuseram nas
ruas e nas mídias sociais, não por que estivessem interessadas em cargos no
governo ou em receber bolsas estatais. O objetivo dessas pessoas era a defesa
das suas liberdades e da democracia, o fim da corrupção e melhores serviços
públicos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na eleição, parte da sociedade
que foi às ruas pacificamente em junho de 2013, aderiu às candidaturas de
oposição no primeiro turno e no segundo turno. Os principais candidatos da
oposição souberam encarnar o espírito das ruas e traduziram esse sentimento em
sua união no segundo turno. Em algumas cidades vimos passeatas mobilizadas por
um povo protagonista, fato inédito em eleições tradicionalmente programadas
para o povo ser vaca de presépio em comícios teatralizados para militantes
idolatrarem líderes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fecharam-se as urnas. O PT, até
prova em contrário, venceu. O que aconteceria numa eleição tradicional? Os
vencedores se auto elogiariam; os derrotados reconheceriam a vitória; o povo se
recolheria à condição de expectador passivo à espera do próximo pleito.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não é isso que acontece. Os cidadãos
que não são controlados por partidos seguem nas ruas. Em São Paulo, Porto
Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Belém e outras cidades,
milhares saíram às ruas dia 01/11/2014 exigindo auditoria da apuração das
eleições presidenciais e investigação séria do escândalo do petrolão. No
próximo dia 15 estão programadas manifestações em todo o país, com foco na
auditoria das urnas e na investigação da corrupção na Petrobrás.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esse povo se mostra disposto a
fazer a oposição que os partidos de oposição nunca fizeram. Essas pessoas
estranharam o tom conciliador do Aécio derrotado e aplaudiram a contundência oposicionista
que seu ex-candidato a vice, o senador Aloysio Nunes Ferreira, imprimiu à sua
primeira fala pós-eleitoral. Aécio recalibrou o discurso e voltou à cena com um
vigoroso discurso oposicionista no Senado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A origem do PSDB não é a rua. O
partido nasceu da soma de intelectuais acadêmicos e políticos de centro-esquerda,
pretendendo ser uma socialdemocracia de estilo europeu, mas sem as bases
sindicais que marcaram o nascimento de seus congêneres do velho continente na
segunda metade do século XIX.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O banho de rua que Aécio Neves
levou nessa eleição que agora se encerra, foi uma novidade para os tucanos. Se
Aécio quer liderar a oposição terá que se deixar liderar por seus liderados nas
ruas e nas mídias sociais. Se não o fizer será esquecido; ignorado; atropelado.
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a>Não bastará à oposição contestar, apenas na tribuna do
parlamento, as medidas autocráticas que o PT pretende implantar para garantir
sua perpetuação no poder. Sem povo na rua o Brasil seguirá sua marcha insana
rumo à venezuelização.</span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-83607303285883144102014-11-06T06:30:00.004-08:002014-11-06T06:30:50.872-08:00PESQUISAS ELEITORAIS SÃO SIMULACROS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As pesquisas possuem grande poder de prognosticar tendências da
opinião eleitoral. São pesquisas não publicadas que orientam as estratégias que
vencem eleições. No entanto, as pesquisas publicadas têm limites raramente
compreendidos pelos leigos e mesmo pelos jornalistas que às comentam.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nessa eleição a diferença entre o que as pesquisas diziam ao final
do primeiro turno e o que as urnas revelaram levou os institutos ao descrédito
e minimizou o poder do efeito “bandwagon” (onda de adesão ao líder nas
pesquisas) no segundo turno. O eleitor brasileiro parece ter desprezado as
pesquisas para decidir em quem votar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;">Segundo Bourdieu, em artigo dos anos 1970 (“A opinião pública não
existe”), opinião é um discurso articulado impossível de ser traduzido em percentuais.
Diz ele, que nem todas as opiniões se equivalem e nem todo mundo tem opinião
sobre o que perguntam as enquetes que convertem respostas em percentuais. </span><span style="font-size: 12.0pt;">Igualmente, </span><span style="font-size: 12pt;">não existe um consenso pré-estabelecido
sobre os problemas que deveriam ser objeto das pesquisas. Ou seja, por trás de
quem encomenda a pesquisa e decide o que perguntar há o interesse de
influenciar quem lê a pesquisa publicada, mesmo quando o rigor metodológico é
obedecido na coleta e análise dos dados. A manipulação não estaria no rigor do
método, mas nesses pressupostos falsos sobre os quais se constroem as pesquisas
publicadas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pesquisas publicadas são cortes verticais na massa de opiniões, no
curto espaço de tempo em que os pesquisadores vão a campo. Numa eleição as
opiniões estão em movimento, sob influência da disputa entre grupos organizados
pela conquista dos indefinidos. Hoje, a opinião é tão arisca quanto o click do
mouse que nos conduz a outra página na rede. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As opiniões se formam em círculos de convivência e obedecendo a
uma lógica que não encontra em índices estatísticos a forma adequada de
representação. Os trackings (monitoramento quantitativo diário) e as pesquisas
qualitativas (grupos de eleitores que assistem a propaganda e os debates quando
estão no ar, observados por analistas) são os instrumentos que os estrategistas
usam para ler essas percepções e calibrar a propaganda para captar votos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Numa eleição “empatada”, se um fato político (denúncia, escândalo,
falha em debate) ocorre muito próximo à coleta de dados, provocando mudanças bruscas
das opiniões individuais, dificilmente a pesquisa publicada captará essa alteração.
Isso não significa que o instituto errou ao divulgar os índices sobre aquelas
perguntas, no momento em que perguntadas. Significa apenas que a pesquisa
publicada não capta a mudança brusca.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A situação na qual se constitui a opinião na reta final de um
segundo turno em que poucos eleitores indefinidos podem se decidir com base em
quaisquer fatores é o inferno dos institutos. As pessoas estão diante de
opiniões sustentadas por grupos. Ao se posicionarem estão escolhendo entre
grupos, num contexto de disputa de poder e correspondendo a um determinado
estado da correlação de forças entre posições em guerra. Quem mantêm distância
relativa dos polos que se opõem nesse conflito, os famosos “indecisos”, decide
em função da pressão dessas forças constituídas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As estratégias das campanhas consistem da construção de respostas
para demandas comuns dos eleitores. Como essas demandas são as mesmas e as
pesquisas encomendadas pelos candidatos mostram isso para todos, impõe-se uma
equalização das estratégias que passam a jogar ao máximo com a dissimulação das
clivagens para ganhar os votos flutuantes. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesse contexto as pesquisas publicadas adquirem relevância extrema
para a “fabricação” da opinião pública. A publicação dos resultados de pesquisas
prejudica uns e favorece outros. Por isso, criam-se jogos retóricos com a
finalidade de usar os resultados para influenciar a interpretação que as pessoas
fazem das pesquisas publicadas. E dê-lhe compartilhamentos dos resultados e
interpretações que “me favorecem”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Javier Del Rey Morató mapeou alguns desses artifícios que ele
chama de “jogos do termômetro social”. Hoje, diz ele, a difusão desses jogos
ocorre sem restrições, e, muitas vezes, seus porta-vozes são analistas a
serviço de candidatos. Agentes interessados patrocinam pesquisas e disputam a
imposição de versões interpretativas dessas pesquisas. Essas pesquisas estruturam
a guerra de versões e desenham o cenário em que vão se desenvolver os jogos de
linguagem. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os jogos retóricos pela imposição de versões sobre as pesquisas buscam
definir um cenário que se abre com o jogo de prognóstico dos resultados
eleitorais futuros, tomando como base a leitura de resultados de pesquisas
presentes. A imposição de uma determinada leitura das pesquisas fisga o
observador num anzol. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O analista de pesquisas publicadas, dessa forma, insere-se no jogo
como uma espécie de vidente. Apoiar-se no prognóstico dele, se ele “nos
favorece”, ou desconstituir esse prognóstico usando outras pesquisas ou outras
interpretações das mesmas pesquisas, se ele “nos prejudica”, é um imperativo da
disputa em torno da construção de um clima de opinião que “nos interessa”. O
passo seguinte é enredar o eleitor na crença de que o simulacro é a realidade. Por
isso, nessa eleição, vimos institutos aparentemente independentes, “prestando
serviços” às duas candidaturas que passaram ao segundo turno.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nem sempre funciona. Quando os institutos erram algum prognóstico,
depois de terem inundado o espaço midiático com estimativas sobre o resultado
da eleição, para explicar a distância entre o prognóstico e o comportamento
eleitoral, recorrem às margens de erro; às mudanças bruscas das opiniões sob
impacto de fatos novos, enfim, todo o tipo de argumento “técnico” é usado para
explicar o inexplicável.</span><o:p></o:p></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-66876058408240666642014-11-02T10:51:00.001-08:002014-11-02T13:01:38.246-08:001964 NÃO SE REPETIRÁ<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na eleição que se encerra fatos
inusitados passaram ao largo da percepção dos comentaristas e cientistas
políticos que interpretam a política para veículos de comunicação. Milhões de pessoas
saíram às ruas nas principais cidades do país para apoiar Aécio no segundo
turno. Gente sem partido querendo mudança. Há algo em comum entre esse povo que
carregou Aécio nos braços no chão da rua em passeatas inéditas em véspera de
eleição e o espírito das manifestações de junho de 2013.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fecharam-se as urnas. Aécio
reconheceu a derrota e declarou que o desafio de Dilma é reconciliar-se com a
fatia da sociedade que não aguenta mais o PT. A reação dessas pessoas sem
partido nas redes sociais foi crítica a Aécio e elogiosa à declaração do
senador Aloysio Nunes Ferreira que recusou a conciliação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em 01/11/2014 milhares de pessoas
voltaram às ruas em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Belém,
exigindo auditoria na apuração das eleições e garantia da investigação do
escândalo do petrolão. Em meio à multidão uma minoria, também presente nas
redes sociais, portava cartazes pedindo a intervenção militar para remover o PT
do poder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Imediatamente a grande mídia, já
alinhada com o governo eleito, destaca esses manifestantes da multidão e tenta
caracterizar as manifestações libertárias como sendo mobilizações golpistas de
minorias isoladas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O foco aqui é a preocupação com essa
minoria que pensa que a Intervenção das Forças Armadas (FFAA) é o atalho para
destituir o petismo do poder. Não existe atalho para uma tarefa dessa
magnitude.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem deseja destituir o PT do
poder de forma definitiva e eficaz, deve se convencer do erro que é pedir a
“Intervenção Militar Constitucional” mesmo sem que o PT rompa a Ordem
Constitucional de forma inequívoca e comprovada. Isso por que:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">a)<span style="font-stretch: normal;"> </span><!--[endif]-->As
FFAA aprenderam com o golpe militar de 1964. O preço da destituição de um
presidente eleito pela força desgasta e os resultados que produz são danosos à
democracia e à imagem das FFAA. O resultado da remoção da esquerda do poder pela
força em 1964 foi sua volta ao poder em 2002, com fortes riscos de sua
perpetuação;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">b)<span style="font-stretch: normal;"> </span><!--[endif]-->Ao
contrário do que ocorreu na Venezuela, onde Chávez, um militar, cooptou seus
pares para seu projeto de poder, no Brasil a esquerda não penetrou nas FFAA,
muitos menos nas escolas de formação dos militares profissionais. E isso faz
muita diferença.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não sou porta-voz das FFAA. O que
digo não é opinião. É informação e análise lógica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Isto posto, convém que esses
golpistas de araque saibam que as FFAA nada farão que fira a Ordem
Constitucional. Ou seja, se não for comprovado que o PT fraudou a eleição de
2014, as FFAA não darão um golpe contra a presidente eleita. Se não for
comprovado que o PT financiou suas campanhas de 2010 e 2014 com dinheiro
proveniente de contas no exterior abastecidas por dinheiro roubado dos
brasileiros, as FFAA nada farão contra o governo do PT.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ou seja, o foco de quem quer
derrotar o PT é provar que houve fraude na eleição. Difícil. E/ou, que o PT é financiando
ilegalmente com dinheiro roubado dos cofres públicos, depositado no exterior e
repatriado para financiar a eleição de Dilma. Mais fácil. Alguma dúvida?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se o PT tentar impedir a
investigação do petrolão, ou tentar impedir sua divulgação, valendo-se pra isso
de procedimentos ilegítimos, ascender-se-á o sinal amarelo nas FFAA. A ruptura
da Ordem Constitucional por parte do PT é o que determina a atitude das FFAA.
Esse recado já foi dado a Lula.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não é por outra razão que o PT quer
desmilitarizar as polícias estaduais e centralizar o policiamento ostensivo
militarizado nas mãos do governo federal. Não é por outra razão que o PT
defende o desarmamento dos cidadãos idôneos que desejam possuir ou portar armas
para defesa pessoal. O PT não quer adversários armados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O PT já dispõe de milícias
“desarmadas” tais como o MST e os Black Blocs. Armar essa gente é fácil e
rápido. O PT sabe que a os segmentos da sociedade que se opõem ao seu poder são
desorganizados, desarmados e que têm entre seus integrantes gente burra o
suficiente para propor a reedição do golpe de 1964. Em breve veremos os Black
Blocs e as milícias do MST nas ruas agredindo os opositores do petismo. Foi
assim em todos os regimes fascistas e comunistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tudo o que o PT precisa é que
essa minoria burra siga culpando os nordestinos pela vitória da Dilma. A
vitória de Dilma se definiu em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, inclusive com
votos de parte da "elite branca" do sul. Tudo o que o PT precisa é que aqueles
que a ele se opõem defendam o separatismo e o ódio aos nordestinos e um golpe
militar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O que justifica que um opositor
do PT que vive no sul se oponha aos antipetistas nordestinos que lá combatem o
PT em situação de estado de sítio? Por que abandoná-los ao jugo petista?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As FFAA jamais moverão uma palha
em favor de quem joga brasileiros contra brasileiros, nordestinos contra
sulistas, pobres contra ricos, negros contra brancos, mulheres contra homens,
homossexuais contra heterossexuais, muçulmanos contra cristãos, evangélicos
contra católicos. A razão de ser das FFAA é defender a unidade nacional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tudo o que o PT deseja é que,
aqueles que a ele se opõem defendam a intervenção militar e a ruptura do
processo democrático. Assim fica fácil, e rápido, isolar-nos e conquistar a
opinião pública. Difícil para o PT, seria enfrentar o povo nas ruas tal como
ocorre na Venezuela, sem ter milícias armadas atirando em manifestantes e
correndo o risco de ver as FFAA irem para a rua defender o povo e a democracia
contra um partido-máfia que busca se perpetuar no poder pela força. O modelo de
oposição que o PT precisa e merece é o que o povo venezuelano pratica contra
Maduro: ativismo intenso nas mídias sociais e multidões pacíficas nas ruas até
o regime cair de podre.</span><o:p></o:p></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-90641725991151930912014-10-28T16:59:00.000-07:002015-02-07T15:03:22.880-08:00DILMA E AS CIRCUNSTÂNCIAS DA VITÓRIA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Digo, portanto, que as armas com que um príncipe defende seu estado ou
são próprias, ou mercenárias ou auxiliares ou mistas. As mercenárias e
auxiliares são inúteis e perigosas. Quem tem o seu estado baseado em armas mercenárias
jamais estará seguro e tranquilo, porque elas são desunidas, ambiciosas,
indisciplinadas, infiéis, valentes entre amigos e covardes entre inimigos, sem
temor a Deus nem probidade para com os homens. O príncipe apenas terá adiada a
sua derrota pelo tempo que for adiado o ataque, sendo espoliado por eles na paz
e pelos inimigos na guerra.” <o:p></o:p></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nicolau Maquiavel – O Príncipe, Florença, 1513.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fecharam-se as urnas. O PT venceu.
Na democracia, cabe aos derrotados reconhecer a derrota, ainda que duvidando que,
se o resultado fosse inverso, a atitude do outro lado seria a mesma. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aécio o fez. Saiu das urnas maior
do que entrou. Superou os limites do marketing que se rende às médias das pesquisas.
Rompeu os limites da mediocridade da política tradicional. Entendeu e <span style="color: black;">conectou-se com a alma da Nação que carregou-o nos braços no
chão da rua, fora dos palanques tradicionais em mais de uma ocasião. Traduziu
essa compreensão no discurso da </span>libertação do Brasil e tocou o coração das
forças vivas da Nação. Teve a grandeza de sugerir à presidenta reeleita o gesto
da conciliação, não obstante ter sido vítima das mais baixas vilezas de que se
tem conhecimento em eleições presidenciais no Brasil. Talvez pudesse ser mais
contundente na afirmação de linha de oposição que liderará, mas terá
oportunidade de fazê-lo com atitudes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Marina Silva, premonitória, disse,
após ser expulsa do segundo turno pelos ataques vis do PT e declarar apoio à
mudança: “- Eu prefiro perder ganhando a ganhar perdendo”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem ganhou e quem perdeu?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O desafio da análise política é
entender o significado do resultado de uma eleição, sabendo que o leitor busca o
porto seguro da antecipação do futuro. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não há porto seguro; não há zona
de conforto. A política é o reino da mutação. A vitória de hoje pode ser a
derrota de amanhã. E vice e versa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entendamos, então, o que Dilma
ganhou.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em primeiro lugar, Dilma herda de
si mesma uma Nação em frangalhos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Inflação acima do teto da meta;
recessão; crise fiscal, crise nas contas externas, alto endividamento público,
represamento artificial de preços controlados, perda de credibilidade perante o
mercado e investidores, máquina pública inchada e cara, queda de arrecadação de
impostos, estatais quebradas, isolamento perante as forças vivas da Nação e um
clima político intoxicado pelos ataques abaixo da linha da cintura praticados
pelos petistas, por Dilma e por Lula. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os mais magoados são os eleitores
de Marina e Aécio, que saem das urnas desconfiando de fraude, falando em
impeachment, dispostos a seguir na ruas e esperando dos tucanos uma oposição
firme, à altura do tom que Aécio imprimiu aos debates.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em segundo lugar, Dilma
derrotou(?) nas urnas a metade do país que é mais importante pela qualidade do
que pela quantidade. Quem gerou a votação de Aécio não foi nenhuma sigla formal;
foi o maior partido do Brasil hoje, o antipetismo. Um partido informal que não
existiria não fosse a existência do petismo. Por que será? Gente sem
envolvimento com política se expôs nas ruas e nas redes sociais aos milhões. A
ânsia por liberdade segue viva, mobilizada e mais indignada que durante a
campanha.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem carregou Aécio nos ombros em
Copacabana, saiu em passeata no Largo da Batata e na Faria Lima, no centro e no
Parque Moinhos de Vento em Porto Alegre, no centro de Recife e em outras metrópoles
do Brasil; quem gritou 1,2,3 Lula no xadrez na em frente ao MASP dia 25/10 e
foi às ruas em passeatas em véspera de eleição (alguém já havia visto isso
antes?), não foi a militância do PSDB apenas. Foi o mesmo povo pacífico e
aguerrido que foi às ruas em junho de 2013 antes que os black bloc os
expulsasse.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Difícil de entender? </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O neto de Tancredo Neves entendeu
o espírito das ruas e aceitou de peito aberto, mesmo sendo chamado
subrepticiamente de bêbado e drogado por Dilma num debate, mesmo sendo caluniado
por Lula como filhinho de papai que bate em mulher (no que foi desmentido), manteve
a altivez e respondeu com a crítica política contundente, honesta e verdadeira.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Apesar disso tudo, o pai de
família, cuja esposa Letícia reconhece nele um homem de caráter, assumiu a
posição de libertador do Brasil, acima de partidos. Letícia buscou um marido
cujo principal atributo é o caráter e, com ele teve gêmeos. E a Gabriela, filha
de seu primeiro casamento, esteve ao seu lado nos momentos centrais da eleição.
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aécio sai da eleição sendo
percebido como um estadista. De Lula e Dilma não se pode dizer o mesmo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Terá sido gratuita a
identificação de quase 50% dos eleitores com alguém com esse perfil?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O que esse povo todo que empunhou
a bandeira da mudança e votou em Aécio e Marina pensa do Brasil governado há 12
anos pelo PT? O que desejamos para o futuro?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um país no qual o(a)
presidente(a) sabe o que se passa de baixo de suas barbas ou de suas saias e
não finja que não sabe. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um país cujo(a) presidente(a) não
seja cúmplice da corrupção e não use o dinheiro público para comprar apoio
político com vistas à perpetuação de seu partido no poder. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um país no qual os detentores do
poder não ameacem as liberdades individuais, das quais a mais cara é a liberdade
de opinião contra o governo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um país no qual o governo não
seja cúmplice de gente que viola a propriedade privada e ameaça a
inviolabilidade do lar de quem constituiu família e tem direito ao teto pelo
qual paga com o suor de seu trabalho e com a garantia dos seus impostos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um país no qual todos os partidos
respeitem as leis, a ordem e a democracia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um país com Legislativo e
Judiciário independentes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Serviços públicos à altura dos
impostos pagos por todos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Políticos que não assaltem os
cofres públicos e que gastem corretamente os impostos que pagamos.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Isso é pedir demais? Depois de
tudo o que veio à tona será possível esperar isso do PT?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os cidadãos brasileiros trabalham
8, 10, 12, 14, 16 horas por dia, 365 dias por ano para pagar impostos,
sustentar famílias, gerar empregos e bancar seus sonhos e a ganância esperta daqueles que ocupam cargos públicos ou gravitam em torno do Estado para sugar-nos a
riqueza que a sociedade produz.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">São os impostos pagos por quem trabalha
e empreende que pagam o Bolsa Família de milhões. Pagam os subsídios dos juros
de milhões que estão adquirindo as suas casas e as suas dívidas no programa Minha
Casa Minha Vida. Pagam, também, as bolsas do ProUni nas universidades privadas
de outros milhões de irmãos. Pagam, pagam, pagamos...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essas contas é justo pagar, desde
que os beneficiários dessas políticas públicas saibam quem as paga. E são
pagas; não são dadas, ao contrário do que sugere a propaganda de Dilma.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem paga essas contas todas,
gostaria que o PT parasse de usar o dinheiro dos impostos de todos para
financiar aventuras empresariais como as de Eike Batista, da Friboi e de outros
grupos econômicos cuja pujança se deve apenas às amizades com o rei, a rainha,
ou às supostas sociedades obscuras com príncipes e princesas, e cuja
viabilidade econômica e retorno social se tornam, a cada dia, mais duvidosos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dilma, se conseguir, governará
pelos próximos quatro anos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quase 50% dos brasileiros de
todas as classes, regiões, cores, clubes de futebol, religiões, etnias, opções
sexuais e ideologias, e que são tão brasileiros como os outros 50% que votaram em
Dilma, gostariam de saber se o governo do PT pretende levar adiante as
seguintes “políticas públicas”:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">1 – Perseguição e tentativa de
cerceamento à liberdade de expressão de veículos de imprensa que criticam seu
governo;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">2 – Interferência no Legislativo e
Judiciário com vistas a eliminar a independência desses poderes e impor a
vontade do partido à sociedade e às instituições;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">3 – Recorrer a plebiscitos como
forma de usar a opinião pública para cercear as liberdades democráticas e impor
uma Reforma Polícia de viés autocrático visando a perpetuação do partido no
poder;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">4 - Continuidade da composição de
base de sustentação parlamentar com métodos tais como os revelados pelo
escândalo do mensalão e do petrolão;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">5 – Impedir a Polícia Federal, o
Ministério Público e a Justiça de investigar se as denúncias da delação
premiada de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef têm fundamento.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que força tem o PT para avançar
nessa direção? Quais são as circunstâncias dessa vitória?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dilma, Lula e o PT, gastaram toda
a munição que tinham, e mais a que não tinham, para vencer essa eleição. Lula
excedeu-se tanto nos discursos e nas acusações vis que cometeu contra as
candidaturas de Marina e Aécio, que conseguiu sair desse pleito menor do que era
antes. Isto é, de ex-presidente voltou a ser um sindicalista de porta de
fábrica.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Paira sob a cabeça do PT, a serem
verdadeiros os depoimentos do doleiro Alberto Youssef de que há contas secretas
desse partido no exterior, se respeitado o devido processo investigatório e
judicial, e produzidas as provas, o risco de ser proscrito.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Paira sob a cabeça do PT o sério
risco de que mais um de seus tesoureiros e outros de seus dirigentes venha a
parar atrás das grades.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Paira sob a cabeça do ex-presidente
Lula e da presidente Dilma o risco de que tenha seus sigilos bancários, fiscal
e telefônico quebrados numa investigação em que foram necessariamente incluídos
pelos operadores de um escândalo de corrupção capaz de manchar com a
ilegitimidade as últimas eleições presidenciais que o PT venceu.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em se comprovando essas
denúncias, a proscrição do PT e um processo de impeachment contra a presidente recém-reeleita,
não poderão ser tachados de golpe como já se pode antecipar que o PT dirá.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Avizinha-se uma crise política e
institucional, de contornos graves, decorrente dos desdobramentos do escândalo
da Petrobrás, num contexto em que o PT e o PMDB saem das urnas menores do que
entraram, no qual se ampliou a fragmentação partidária e encareceu-se o preço dos
apoios parlamentares. Igualmente, estando todas as grandes empreiteiras do país
envolvidas no escândalo da Petrobrás, com seus executivos fechando acordos de
delação premiada e revelando esquemas idênticos em todas as estatais,
imagina-se que os dutos pelos quais escoa o dinheiro que amamenta a base
alugada, vão secar até que novos esquemas sejam montados.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pela classificação de Maquiavel,
acima citado, Dilma comanda exércitos mistos. O Príncipe não é um clássico por
acaso. Ao compreendê-lo pode-se antever o cenário à frente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Avizinha-se uma crise econômica
com o país mergulhando na recessão com inflação, gerida por uma
presidente-economista que recém se elegeu afirmando que a solução não passa por
mudanças profundas e sim, apenas, por pequenos ajustes. Se não fizer o que
deve: crise econômica. Se fizer o que deve: crise de imagem decorrente da
ruptura com o discurso eleitoral.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A percepção da sociedade é a de
que nenhum partido a representa. A grande lição desse pleito reside na
percepção de muitos de que, para remover um partido como o PT do poder dentro
das regras da democracia, será preciso seguir em frente, nas ruas, pelo tempo que
for necessário, para convencer mais brasileiros de que a permanência do petismo
no poder é uma ameaça nefasta às liberdades, à democracia e à saúde da economia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não existe uma “Bolsa Liberdade”
e nem uma “Bolsa Democracia” que o governo concede aos que nelas acreditam e delas
necessitam como do ar que respiramos. Liberdade e democracia se conquistam e se
garantem nas lutas políticas que constroem as nações. Nas ruas, também, e não
apenas na tribuna do parlamento, nas páginas dos jornais e nas mídias digitais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sair das urnas pedindo
conciliação ao mesmo tempo em que ressuscita a proposta bolivariana e golpista de
reformar a Constituição pela via plebiscitária, como faz a presidente recém-reeleita,
ou falando em avançar sobre a liberdade de imprensa como fez o presidente do
PT, não é propor paz, é declarar guerra.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<!--StartFragment-->
<!--EndFragment--><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As atitudes do partido no poder é que definirão a forma como os
cidadãos brasileiros, libertários, democratas, pacifistas e pagadores de
impostos, reagirão ao governo. Para quem precisará prestar contas à
investigação em curso sobre o assalto à Petrobrás, esse é um péssimo começo.</span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-82551868863848704702014-09-04T05:41:00.001-07:002014-09-04T05:41:21.713-07:00QUEM ABRAÇA ESSA CAUSA?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Tahoma, Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px; list-style: none; outline: none; padding: 0.5em 0px; text-align: justify;">
O custo do Estado brasileiro é compatível com os serviços que presta? O que O Estado faz com ineficiência e custos desnecessários e deveria deixar de fazer? O que o Estado deveria fazer com eficiência e não faz?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Tahoma, Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px; list-style: none; outline: none; padding: 0.5em 0px; text-align: justify;">
Ao responder essas perguntas o pagador de impostos dificilmente negará a necessidade de se reformar o Estado no Brasil. Mas, ao olharmos para os candidatos nessa eleição constataremos que eles não têm as mesmas respostas àquelas perguntas.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Tahoma, Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px; list-style: none; outline: none; padding: 0.5em 0px; text-align: justify;">
Embora as perguntas, formuladas como estão, sugiram respostas óbvias, tudo indica que não há consenso sobre a necessidade de reformar o Estado. Isso acontece devido às consequências resultantes da forma como a Reforma do Estado foi conduzida no passado, dado que a imagem dos que abraçaram essa causa foi corroída pela guerra entre governantes reformistas e a oposição estatista.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Tahoma, Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px; list-style: none; outline: none; padding: 0.5em 0px; text-align: justify;">
A retrospectiva revela diferentes posturas diante da Reforma do Estado. Collor compreendia a necessidade das reformas, iniciou-as, mas isolou-se e subestimou a força dos interesses contrariados.</div>
<div id="olho" style="background: url(http://www.imil.org.br/wp-content/themes/novoimil/assets/images/quote.png) 10px 18px no-repeat rgb(243, 243, 243); border: 0px none; color: #333333; float: left; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 15px; font-style: italic; line-height: 22px; list-style: none; margin: 10px 20px 10px 0px; min-height: 60px; outline: none; padding: 5px 20px 5px 70px; text-align: justify; width: 204px;">
A retrospectiva revela diferentes posturas diante da Reforma do Estado</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Tahoma, Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px; list-style: none; outline: none; padding: 0.5em 0px; text-align: justify;">
Ciente disso, FHC tentou contornar as resistências. Diante do muro que se ergueu no seu caminho ao tentar a Reforma da Previdência, puxou as reformas do capítulo da ordem econômica para o topo da pauta e, entre março e julho de 1995 aprovou todas as emendas constitucionais que encaminhou ao Congresso com maioria absoluta, amparado que estava na vitória em primeiro turno e numa ampla aliança partidária.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Tahoma, Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px; list-style: none; outline: none; padding: 0.5em 0px; text-align: justify;">
Quando chegou a hora de reformar o Estado, FHC pautou a emenda da reeleição, sob o pretexto de que necessitaria de mais um mandato para concluir a empreitada. A tramitação da emenda da reeleição se arrastou até dezembro de 1997. Tendo que conduzir a economia em turbulência internacional; cavalgando um Estado paquidérmico e desgastado pela batalha da reeleição, FHC reelegeu-se, mas, ao desvalorizar o real em 1999, perdeu apoio social e pavimentou o caminho para a eleição de Lula.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Tahoma, Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px; list-style: none; outline: none; padding: 0.5em 0px; text-align: justify;">
Eleito sob desconfiança, Lula executa um movimento à direita, aprofundando as diretrizes da política econômica de FHC e aprovando no Congresso uma reforma parcial da previdência. Legitimado pelos benefícios desse ajuste de 2005 e cooptando amizades no meio político e empresarial, Lula abandonou a impopular agenda das reformas e implantou, gradualmente, sua “nova matriz econômica”. A essência desta “nova matriz” foi o abandono da bem sucedida combinação entre a política de juros, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal para controle da inflação. Beneficiado pelo bom momento da economia mundial e pela herança bendita da política econômica que abandonou, Lula reelege-se e elege Dilma.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Tahoma, Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px; list-style: none; outline: none; padding: 0.5em 0px; text-align: justify;">
O resultado das escolhas de Lula é a estagflação. Dela só saímos com a retomada da política econômica abandonada e com readequação do tamanho, do custo e da eficiência do Estado às necessidades da sociedade e aos desafios da economia globalizada.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Tahoma, Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px; list-style: none; outline: none; padding: 0.5em 0px; text-align: justify;">
(Artigo originalmente publicado no site do Instituto Millenium - 04/09/2014.)</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-79056364353979093282014-08-30T06:06:00.001-07:002014-08-30T06:06:39.045-07:00PT E PSDB: PERDAS E DANOS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<b><span style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">O PT roubou do PSDB as bandeiras sociais. Marina está roubando do PSDB a política econômica que dá certo e vai voltar a ser aplicada. </span></b><br />
<b><span style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br /></span></b>
<b><span style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Os tucanos podem perder mais do que essa eleição presidencial. Podem perder a razão de ser e existir na política brasileira.</span><span style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"> </span></b><br />
<b><span style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br /></span></b>
<b><span style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Aécio precisa cuidar do seu quintal, pois se perder para o PT em casa esse será um vexame seu, mais do que do PSDB.</span></b><br />
<span style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><b><br /></b></span>
<span style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><b>A ascensão de Marina e a queda de Aécio tiraram o foco do PT. Mas, se perder para Marina o partido de Lula também será golpeado quase tão duramente quanto o PSDB. Talvez o PT só consiga eleger o governador do Acre e vai ver suas bancadas parlamentares encolherem.</b></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-4303262908102999132014-08-20T07:45:00.002-07:002014-08-20T07:45:14.632-07:00POR QUE SERÁ?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Na quarta-feira 13/08/2014,
quando me dirigia a um restaurante para almoçar com amigos recebi ligação de
uma colega da universidade informando-me sobre a morte de Eduardo Campos. Ao informar
os dois colegas que me acompanhavam, a primeira reação foi de incredulidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Chegando ao restaurante a TV
ligada no plantão jornalístico confirmava a notícia. Imediatamente um dos meus
interlocutores disparou: foi o PT. Olhei espantado para ele e, antes que eu
pudesse processar o raciocínio, ele emendou: essa eleição se encaminhava para
um segundo turno de Aécio contra Dilma com provável vitória de Aécio. A quem
interessaria desestabilizar o tabuleiro? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O almoço prosseguiu com
nossos olhos voltados para a TV. Ante o desencontro de informações no momento
imediato após a queda do avião, entre uma garfada e outra, mais especulações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">De volta ao trabalho,
inevitável conectar os sites de notícias e o Facebook. Qual não foi minha
surpresa ao constatar que meu interlocutor do almoço não estava sozinho.
Inúmeros posts com a mesma especulação sobre suposto atentado povoavam as
mídias sociais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não demorou muito emergiu na
tela do computador um post de uma notícia revelando que em maio passado a
presidente Dilma havia sancionado uma Lei que tornava sigilosa a investigação
de acidentes aeronáuticos. Adivinhem o teor das dezenas de comentários abaixo
do post?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O tempo foi passando e a
falta de informações claras sobre a causa do acidente somente alimentou a
imaginação dos especuladores. Na sequência emergiram as informações sobre voos
de drones na área do campo de pouso do candidato do PSB. Nova onda de
especulações. Paralelamente os jornais noticiavam que em Recife o povo falava
abertamente pelas ruas sobre atentado à vida de Eduardo Campos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não tardou a divulgação da
informação de que a caixa preta do avião estaria desligada e não conteria as
gravações relativas ao voo de Eduardo Campos. Dessa vez, mais do que as pessoas
nas mídias sociais, o deputado Beto Albuquerque (PSB/RS), agora vice de Marina,
liga para autoridades aeronáuticas e divulga na imprensa suas desconfianças e
exigências de esclarecimento. Ante o questionamento, o próprio ministro da
Aeronáutica se vê forçado a vir a público para dirimir as suspeitas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A exigência de investigação
isenta e de respostas convincentes varre os blogs independentes, sempre seguidas
de centenas de curtidas e comentários corroborando a percepção de atentado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Esse tipo de especulação
parece inevitável em casos similares. As mortes de Kennedy, Juscelino e Jango
até hoje são cercadas de mistério e especulações. No caso de Kennedy, realmente
um atentado, as especulações versam sobre supostos mandantes ocultos e que
seriam os “verdadeiros assassinos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Teorias conspiratórias”.
Assim classificam os analistas políticos esse tipo de especulação que cerca a
morte de autoridades em circunstâncias controvertidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ao observador atento não
terá escapado a circulação pela internet de outras especulações que poderiam se
enquadrar na classificação das “teorias conspiratórias”. Trata-se das
vulnerabilidades a fraudes das urnas eletrônicas brasileiras. Não são poucos os
difusores dessas especulações sobre o risco de fraude do resultado das urnas na
eleição presidencial de 2014.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Inquirido sobre isso numa
reunião com amigos, aleguei aos interlocutores que para fraudar-se uma eleição
presidencial seria preciso hackear o sistema de totalização do TSE, visto que
violar milhares de urnas uma a uma dificilmente viabilizaria uma fraude em
larga escala num país das dimensões do Brasil, sem dar na vista. Imediatamente
meus interlocutores introduziram outro argumento: “pois é, mas quem é o
presidente do TSE?” Mais do que apenas o presidente do TSE, o suspeito oculto por
trás dessa interrogação é outro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Para dirimir quaisquer
dúvidas sobre meu ponto de vista, vou aceitar a tese de que a morte de Eduardo
Campos decorreu mesmo de um acidente e não de um atentado, e de que, mesmo com
a vulnerabilidade já demonstrada das urnas eletrônicas brasileiras e a
possibilidade de fraudes em âmbito local, nenhum agente político teria a
ousadia de invadir os computadores da Justiça Eleitoral brasileira, com a
cumplicidade do presidente do TSE, para fraudar as eleições em curso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A questão aqui não é essa. A
questão é que, por trás dessas especulações encontramos sempre o mesmo
invariável suspeito: o PT. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por que será?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Paulo
G. M. de Moura<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Cientista
Político<o:p></o:p></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-16826595395075728862014-05-08T10:00:00.003-07:002014-05-08T10:00:33.261-07:00Imagina depois da Copa!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
No marketing político, as pesquisas qualitativas são importantes ferramentas para auxiliar os estrategistas no posicionamento, na administração da imagem pública e na calibragem do discurso das candidaturas. Informações veiculadas pela Folha de S.Paulo recentemente dão conta de que a presidente-candidata Dilma Rousseff teria mudado seu discurso sobre a Copa de 2014 após ver pesquisas de avaliação do impacto das jornadas de junho de 2013 na opinião pública. Segundo essas sondagens, a população vê com ceticismo o legado da Copa e como "maquiagem" as obras para garantir o sucesso do mundial.</div>
<div id="notRel" style="background-color: white; clear: both; float: left; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16.003000259399414px; margin: 0px; padding: 0px;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
Em razão disso, a presidente-candidata passou a minimizar a retórica do legado da Copa associado às obras de infraestrutura, passando a focar seu discurso no orgulho ufanista dos brasileiros, eufóricos em ver o "país do futebol" sediar o principal evento global contemporâneo. O bordão desse novo discurso de Dilma seria "a Copa das Copas", sugerido pelo consagrado publicitário Nizan Guanaes, que foi o estrategista das campanhas vitoriosas de FHC em 1994 e 1998.</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
Por trás da percepção de "maquiagem" relacionada às obras da Copa residiria o sentimento da sociedade de que, passado o evento, tudo voltará a ser como antes e de que subjacente ao propalado legado da Copa estaria o velho "jeitinho brasileiro", agora percebido como algo negativo. Apesar do ufanismo de parte da população, a Copa de 2014 estaria sendo contaminada pelo temor da falta de segurança pública e pela herança de um amontoado de obras inacabadas.</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
Por fim, a associação do governo com a Fifa seria foco "das mais cáusticas críticas", razão pela qual o governo passou a se apresentar à opinião pública como fiscal das obras, e não como construtor dos estádios - elogiados pela qualidade, mas criticados pelo contraste com os péssimos serviços públicos de transporte, saúde, educação e segurança.</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
Neste momento em que as pesquisas quantitativas publicadas projetam o favoritismo da presidente-candidata, as conclusões dessa sondagem qualitativa do governo suscitam reflexões.</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
Em primeiro lugar, chama a atenção a percepção revelada pela pesquisa de que o "jeitinho brasileiro", que antes era visto como atributo de criatividade, agora é associado à conotação de "esperteza" e "maquiagem". Em segundo lugar, impressiona a consciência dessa parcela da sociedade, que já percebeu que os verdadeiros legados da Copa serão os estádios vazios e mal acabados, obras urbanas inacabadas, corrupção e desperdício de dinheiro público. Foi essa camada da população que forçou a presidente-candidata a reposicionar seu discurso para o foco no bordão "a Copa das Copas".</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
E o que sugere o slogan "a Copa das Copas"? No mínimo, que "nunca antes na história" deste planeta haveria uma Copa tão grandiosa como a Copa de 2014. Certo, Monsieur Jérôme Valcke? Mas o que seria a melhor Copa do Mundo de todos os tempos? Aquela em que o Brasil terá um desempenho arrasador, infinitamente superior ao dos adversários, vencendo todas as partidas de goleada e sagrando-se hexacampeão? É isso, Nizan Guanaes? Será, João Santana?</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
Se não, então "a Copa das Copas" seria aquela em que o Brasil daria um show de cobertura de TV, superando espetacularmente a qualidade midiática das Copas anteriores? Nossa televisão, notadamente na cobertura do futebol, já é uma das melhores do mundo. Estamos bem nesse quesito, mas certamente não será por isso que a Copa de 2014 seria "a Copa das Copas". Certo, Galvão Bueno?</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
O que seria "a Copa das Copas" para o povo brasileiro? Levando em conta as expectativas forjadas e alimentadas pelo ex-presidente Lula quando se envolveu de forma direta - e inédita para um presidente da República - com a atração da Copa de 2014 para o Brasil, intui-se que a sociedade brasileira foi levada a crer que, após o crescimento de 7,5% do PIB em 2010 e a eleição da presidente Dilma, o ano que se inicia seria o da entrada triunfal do Brasil no G8+1. Com direito a trem-bala, assento no Conselho de Segurança da ONU e, é claro, a reeleição de Dilma para um quarto mandato consecutivo do PT na Presidência da República.</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
Teríamos, assim, pelas mãos de Lula, chegado àquele momento mágico da história da Nação em que o gigante se levantaria do berço esplêndido para transformar em presente o bordão do regime militar, que nos anos 70 nos vendeu o sonho do "país do futuro". E legou-nos a hiperinflação e dívidas astronômicas.</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
No entanto, aprende-se nas disciplinas de qualquer curso de introdução ao marketing que o produto cujo conteúdo não corresponde aos atributos anunciados na embalagem e enaltecidos pela publicidade não sobrevive no mercado.</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
O que dizer deste "produto", o Brasil com que Lula embalou os sonhos da maioria que elegeu Dilma? O ex-presidente Lula está entregando ao povo o Brasil que "vendeu"? O Brasil que Lula nos lega "nunca antes" foi este país que temos hoje?</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
Serviços públicos "padrão Fifa"? Esquece! Mas e os estádios? Sim, pelo menos as arenas "padrão Fifa" Lula precisaria nos entregar para termos uma Copa equivalente à da África do Sul. Mas nem isso, presidente Lula? O que dizer da infraestrutura urbana? Maquiagem e improviso na finalização dos estádios; obras inacabadas; jeitinho aqui, jeitinho ali; desperdício; corrupção; dívidas bilionárias.</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
Assim, a Copa de 2014, com ou sem vitória do Brasil, se esgota como produto de consumo, no mês de julho, substituída que será pela pauta da eleição presidencial. As pesquisas qualitativas já apontavam, em 2013, o "mercado" dividido na percepção do legado deste evento. Já ali existia a sensação da população de que, passada a Copa, "tudo voltará a ser como antes". Que sentimento prevalecerá quando a avalanche de euforia midiática da "Copa das Copas" se converter em horário eleitoral gratuito, em pleno "mês do cachorro louco"?</div>
<div style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
Publicado originalmente no jornal O Estado de São Paulo (http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,imagina-depois-da-copa,1162801,0.htm)</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-63658479385702469562013-10-08T14:56:00.001-07:002013-10-09T04:51:46.820-07:00NÃO NOS REPRESENTAM<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A expressão “não nos
representa” ganhou espaço nas redes sociais no período que antecedeu as
jornadas de junho. Sua vítima mais ilustre foi o deputado Marco Feliciano,
atacado pela comunidade GLTB e seus simpatizantes por causa de seu projeto
sobre a “cura gay”. Foi usada também em outras situações, sempre com a intenção
de afirmar que o político ou partido “x” ou “y” não representam as posições e
interesses da minoria “a” ou “b”. Certamente essas minorias têm quem as
represente no sistema partidário e ideológico do país. Alguém não tem?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Acabamos de assistir a
autorização da Justiça Eleitoral para o funcionamento da trigésima primeira e da
trigésima segunda legendas partidárias no Brasil e a não autorização da
trigésima terceira, que, embora não possa lançar candidaturas em 2014, será
autorizada para o pleito seguinte assim que obedecer aos requisitos legais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A lei foi cumprida nesses
três casos. Mas, em meio às críticas pela profusão de siglas no Brasil é
curioso observar que o arcabouço legal existente amparou a criação de mais duas
agremiações fisiológicas (PROS e Solidariedade) e barrou a criação de uma
legenda com nítido viés ideológico, legítima liderança política de projeção
nacional e efetiva representação de um segmento expressivo da sociedade (Rede
Sustentabilidade). Há algo de errado aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O que está errado no nosso
sistema político não é a profusão de siglas, mas sim, o fato de que a criação
de partidos permite a seus proponentes acesso a montanhas de cargos na máquina
do Estado, dinheiro público e tempo de mídia no horário eleitoral gratuito. É
isto que dá aos criadores de partidos de negócios o poder de barganha que lhes
possibilita vender apoio aos governos e grandes partidos em troca de mais
acesso a cargos e dinheiro público. Se essa prática fosse crime Marina Silva
não seria condenada. Por outro lado, centenas, talvez milhares, de políticos
que só representam a si mesmos teriam que ir para trás das grades. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Os partidos políticos brasileiros
são organizações paraestatais. E, se considerarmos que os sindicatos no Brasil
são órgãos de Estado, nem o PT, supostamente nascido “de baixo para cima”
escapou disso. Chegando ao governo o PT perdeu totalmente a estrutura de
núcleos de base de sua origem. Tornou-se mais um “partido de cargos públicos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Vou simplificar e correr o
risco de afirmar que existem hoje, no mundo ocidental, dois grandes campos
político-ideológicos que disputam o poder na maioria das democracias. E uma
terceira força que emerge ainda sem contornos doutrinários claros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">À direita e à esquerda, sim,
elas existem, vemos liberais e socialdemocratas. Sinteticamente diferenciam-se
pela defesa da ingerência ou não do Estado na vida e nos negócios dos
indivíduos. Em ambos os campos há seus matizes. Os polos extremos são os
anarcocapitalista à direita e os jurássicos comunistas à esquerda. A terceira
força é o ecologismo político.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Na rede dos Verdes há muitos
ativistas e poucos formuladores capazes de definir o que seriam seus contornos
doutrinários e ideológicos. Mas, é inegável que os Verdes são uma corrente
política legítima, emergente e com expressiva representatividade em vários
países do mundo. No caso brasileiro os Verdes são predominantemente de esquerda
e não escondem a ambição pelo exercício do poder. Os marineiros não conseguiram
legalizar um partido, mas querem governar o país. A Rede de Marina nasceu de
uma costela do PT, embora tenha flertado com economistas liberais na formulação
de sua plataforma de governo de 2010 e conviva com uma colorida fauna
militante, inclusive, dizem, com gente com interesses qualidades morais
duvidosas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Há verdes de direita, há
verdes de esquerda e há verdes que não são de direita e nem de esquerda, muito
antes pelo contrário. Ainda não nasceram nem o Marx e nem o Adam Smith dos
verdes. Adam Smith foi um defensor do liberalismo econômico. Marx, seu crítico,
autor de O Capital, incursionou também pelo terreno da “teoria” política. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Embora tenham nascido da crítica
econômica de Marx ao capitalismo, os comunistas sempre privilegiaram mais o
pensamento político do que o econômico. Prova disso é que após o colapso da
URSS nada surgiu de novo e relevante no campo do pensamento econômico de
esquerda. Os fundamentos do pensamento econômico socialista seguem amparados na
crítica ao capitalismo do século XIX e na resposta de Keynes às crises cíclicas
do capitalismo. O que segue vivo no quadrante da esquerda é a ambição pelo
poder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O liberalismo pariu pensadores brilhantes.
Seus fundamentos se alicerçam em um conjunto de ideias morais, políticas e
econômicas. No entanto, os liberais contemporâneos teimam em reduzir o escopo
de sua luta política ao debate econômico em defesa das ideias da Escola
Austríaca e da Escola de Chicago como contrapontos às ideias de Marx e Keynes. No
Brasil, os poucos liberais existentes fogem (ou fugiam?), como o diabo da cruz,
da luta política no terreno partidário. Recusam-se a aprender a lição que Lula
aprendeu quando criou o PT: é no exercício do poder que se definem os rumos do
mundo e das nações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A consequência mais evidente
desse erro é a aceitação passiva de um sistema político aleijado no qual não
existe a direita autêntica. Todos os partidos brasileiros são organizações
patrimonialistas, defensoras de mais ingerência do Estado na vida do cidadão.
Os brasileiros desconhecem o que é a Liberdade. Em 2014, assim como foi em
2010, todos os principais candidatos à Presidência da República serão de
esquerda.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ao leitor atento não terá
escapado a percepção de que há uma interrogação plantada entre parêntesis dois
parágrafos acima. Sim, estão em gestação pelo menos duas legendas liberais
autênticas no Brasil. Trata-se do Partido Novo e do Partido Federalista.
Voltarei a essa análise numa próxima oportunidade.<o:p></o:p></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-35411740400623275952013-08-27T12:50:00.002-07:002013-08-27T15:25:51.399-07:002014: O QUE ESTÁ EM JOGO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A eleição de 2014 já começou. Nesse momento os entrevistados
escolhem nomes nas enquetes de opinião, mas a maioria dos eleitores não tem o
pleito do próximo ano no centro do seu foco.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A imprensa, os políticos e os empresários, ao contrário;
observam, comentam e especulam: Dilma ou Lula? Aécio ou Serra? Eduardo Campos
vai ou desiste? Marina sobrevive ao tiroteio da disputa?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O foco desse trio está sempre nos nomes. Conflitos táticos
entre os competidores geram manchetes interessantes e especulações para o
colunismo de opinião. Políticos sempre buscam a canoa “certa” na qual embarcar.
E empresários, na política como nos negócios, estão sempre em busca do
investimento “certo”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Até esse momento, no entanto, ninguém parece preocupado com a
questão de fundo da eleição de 2014. Qual é a agenda das forças que buscam o
poder? Qual é a saída para a situação criada após doze anos de governos
petistas?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A agenda do PT está clara e posta. Até o momento nem o PT,
nem Lula e nem Dilma parecem inclinados a fazer autocrítica. Salvo prova em
contrário, a proposta do PT para o Brasil assenta-se sobre os seguintes
alicerces:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Arial;">a)<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Aprofundar a penetração do partido no
Estado e mudar as regras eleitorais e de funcionamento do sistema político para
institucionalizar seu projeto ideológico que visa à implantação gradual de
medidas de cunho socializante valendo-se da receptividade ao paternalismo
estatal dominante na cultura política patrimonialista de todas as nossas camadas
sociais, cerceamento da liberdade de imprensa e expressão dos seus críticos;<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Arial;">b)<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Conquistar maioria no Parlamento,
reduzir gradualmente o poder dos aliados de esquerda, e eliminar, também
gradualmente, os aliados fisiológicos (em especial o PMDB) através de cooptação
com cargos públicos e posterior denúncia de envolvimento desses parceiros com corrupção
para enfrequecê-los;<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Arial;">c)<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Aprofundar a tática de cooptação de
setores sociais pelo Estado através da distribuição seletiva de benefícios
econômicos para aliados com vistas a garantir apoio ao projeto de conquista da
hegemonia política e cultural para sua perpetuação no poder;<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Arial;">d)<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mais do mesmo na política econômica
“desenvolvimentista” reeditada (Estado empresário ineficiente, intervencionismo
e dirigismo estatal da economia, privilégio político e financeiro para os
“amigos do rei”, déficit público maquiado, endividamento público, protecionismo
e inflação).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A agenda que se contrapõe a esta, salvo alguma novidade, pode ser
sintetizada em pontos tais como:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Arial;">a)<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Defesa do caráter republicano e
democrático do Estado, proteção da ordem política constitucional e das regras
eleitorais de modo a evitar ameaças às instituições e ao caráter competitivo das
eleições; defesa das liberdades individuais e da liberdade de imprensa e
expressão; respeito ao calendário eleitoral; defesa de medidas de Reforma Política
que restrinjam o fisiologismo e a corrupção a garantam a alternância do poder;<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Arial;">b)<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Reconstrução dos fundamentos do Real
(superávit fiscal, câmbio flutuante, metas de inflação) para reconquistar a
credibilidade e a previsibilidade da política econômica; redefinição do marco
regulatório do petróleo, da energia e das atividades públicas concedidas à iniciativa
privada e garantia de atratividade para investidores; despartidarização das
agências reguladoras e aperfeiçoamento da legislação para reconstituir sua
independência em defesa dos interesses da sociedade perante os prestadores de
serviços concedidos; extinção do BNDES; redução de impostos e simplificação do
sistema tributário descentralizando o sistema de arrecadação e distribuição das
receitas em detrimento da União e em favor e municípios e estados;<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Arial;">c)<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Reforma do Estado para diminuir seu
tamanho e aumentar sua eficiência; foco das políticas públicas de melhoria dos
serviços de saúde, educação, transporte e segurança; valorização do
funcionalismo de carreira e redução do número de cargos em comissão; redução do
número de ministérios; extinção de empresas e órgãos estatais; Reforma da
Previdência; definição de porta de saída e prazo de validade para programas de
renda mínima; redefinição, restrição e extinção gradual do subsídio estatal para
atividades culturais e outras mantidas por incentivos fiscais; nova delimitação
de políticas de meia-entrada e acesso gratuito a serviços e espetáculos
culturais; substituição da política de cotas para acesso à educação por uma
política de incentivo ao mérito por desempenho nos estudos, privilegiando o
perfil de baixa renda e sem distinção de origem étnica, cobrança de
mensalidades para alunos com condições de renda que ingresso em universidades
públicas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mudando-se algum detalhe aqui ou ali, independente de quais
sejam os nomes no tabuleiro, o conteúdo da disputa eleitoral de 2014 pela
Presidência da República é o conflito entre essas duas agendas. Diante disso,
as perguntas são: <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como se posicionam em relação a essas agendas os postulantes
até agora oferecidos pelos partidos à escolha da sociedade? <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem tem vontade política, coragem e competência para
recuperar a agenda perdida e avançar com novas políticas públicas capazes de
responder às demandas sociais resumidas na consigna por serviços públicos
“padrão FIFA”?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Até o momento, segundo as mais recentes pesquisas de opinião,
a percepção de que o Brasil está no rumo errado e o desejo de que o país mude,
predominam entre os brasileiros. O vento sopra a favor da oposição. Não
obstante, a cultura política dominante na mentalidade da nossa população é
simpática ao paternalismo estatal e refratária a políticas públicas que visem
fortalecer a sociedade e o mercado em detrimento do Estado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Supondo-se que algum dos adversários do PT esteja disposto a
abraçar a agenda de oposição, terá ele competência para “vender o peixe” aos
brasileiros?</span><o:p></o:p></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780905351329032904.post-77461068329211429382013-08-13T05:29:00.000-07:002013-08-13T05:29:07.123-07:00Quem precisa de reforma política?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;">Se todos são a favor da reforma política, por que ela não é feita? Simples: quem quer mudar as regras do jogo deseja alterar o resultado do jogo. Se os parlamentares que deveriam votar essa reforma se elegeram com as regras que estão aí, por que quereriam mudá-las?</span><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;">A construção de consensos quanto às regras de acesso e distribuição do poder é difícil. O consenso que instaurou a ordem política em vigor foi construído na Constituinte de 1988, que não foi exclusiva - isto é, os próprios parlamentares a votaram. Mudá-lo não é tarefa simples. Muito menos é algo que se consiga às pressas.</span><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;">A lógica que orientou a legislação vigente visava a construir condições de governabilidade. Uma das explicações para o golpe militar de 1964, mais do que conter a ameaça comunista, foi o impasse paralisante no Parlamento. A fragmentação dos partidos e o veto das minorias impedia o governo de governar. Por isso a Constituinte previa a implantação do parlamentarismo. Mas o povo vetou esse projeto no plebiscito de 1993.</span><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;">Existem vários sistemas eleitorais, todos com vantagens e desvantagens. Apesar das especificidades que marcam cada um deles, há uma clivagem central que diferencia os regimes de tipo consensual dos regimes de tipo majoritário.</span><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;">O sistema majoritário (Inglaterra) baseia-se no predomínio da maioria sobre a minoria e minimiza a busca da maioria qualificada. Nesse sistema quem ganha leva tudo e o poder das minorias fica limitado à tentativa de vetar as decisões da maioria.</span><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;">No sistema consensual (Brasil) ocorre o contrário, ou seja, as regras induzem a busca do consenso envolvendo uma complexa engenharia de construção de maiorias. A lógica é da ampla participação dos partidos na coalizão de governo para construção do mínimo denominador comum possível em torno dos objetivos que devem ser perseguidos pelo Executivo.</span><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;">A literatura sobre o tema sugere que o sistema majoritário se adapta mais a nações com menor clivagem social - baixa diversidade e baixo nível de conflitos regionais, culturais, religiosos, étnicos ou de outra natureza. Isso porque a lógica da imposição da maioria ante a minoria em sociedades com alta diversidade tenderia a acirrar conflitos e desestabilizar a democracia.</span><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;">Convém observar que boa parte dos países que adotam o sistema majoritário é parlamentarista. Nesses regimes a escolha do Gabinete de governo cabe apenas ao partido que elegeu a maioria. O povo vota nos parlamentares e o partido majoritário "escolhe" o Gabinete e o primeiro-ministro. A lógica do sistema majoritário tende a prejudicar os pequenos partidos e a organizar a disputa pelo governo em torno de duas ou três grandes legendas que conseguem montar estruturas em todos os distritos eleitorais.</span><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;">Já o sistema consensual se adapta a nações com maiores diversidade e clivagens sociais. A necessidade de compor maioria exerce interessante coerção sobre a lógica desse sistema: para compor maioria eleitoral ou coalizões de governo os partidos são forçados a abandonar projetos radicais para construir os consensos possíveis. O mérito desse sistema, portanto, consiste na contenção dos extremos.</span><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;">A adoção do sistema majoritário num país de tradição autoritária como o Brasil, ou mesmo a adoção de regras eleitorais que assegurem maioria parlamentar a um partido político apenas, dispensando-o de negociar as bases da coalizão de governo, deveria levar instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil, por exemplo, a refletir seriamente antes de embarcarem em aventuras institucionais como a mudança das regras eleitorais às pressas, na véspera de uma eleição.</span><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;">O projeto ideológico do PT para a sociedade brasileira é um projeto radical, de cunho socialista, que não se esgota nos limites das políticas públicas do governo Dilma Rousseff. Sua estratégia de implantação é gradualista. Observe-se a lenta substituição dos fundamentos do Plano Real pela política econômica atual, ao longo dos três mandatos presidenciais petistas, por exemplo. O próximo passo do roteiro estratégico petista seria a conquista da hegemonia no Parlamento, com o deslocamento do PMDB de sua posição atual na coalização governista para uma posição subalterna. Com o PMDB menor e a bancada petista, aliada a outros partidos de esquerda, maior, o PT almeja o controle do Congresso para fazer a "revolução" por meio da aprovação de novas leis de cunho socializante. Dentre elas, leis eleitorais e sobre a ordem política que assegurem sua perpetuação no poder e a eliminação dos adversários.</span><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;">A marca PT é top of mind entre os eleitores brasileiros. Logo, a aprovação do voto em lista levaria ao aumento da bancada petista. O critério de distribuição do fundo público de financiamento eleitoral, obedecendo à mesma lógica da distribuição do tempo do horário eleitoral gratuito, favoreceria os partidos com maior bancada, enchendo os cofres do PT e esvaziando os de seus concorrentes.</span><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;">Chegamos, então, às razões do impasse político atual. O PMDB e o PSB perceberam qual seria seu destino em caso de vitória da estratégia hegemonista do PT e acionaram os mecanismos de freios e contrapesos do regime consensual vigente. Isso ocorreu antes mesmo de as manifestações populares de junho evidenciarem o fracasso das políticas públicas petistas, notadamente da política econômica.</span><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;">Isso significa que o sistema político e eleitoral vigente não precisa ser aperfeiçoado? Não. Mas um dos pressupostos da democracia é o respeito às regras do jogo. Não há tempo hábil para mudar essas regras sem violentar o calendário eleitoral, apenas para atender a uma demanda de um jogador. A voz das ruas pede mudanças e o caminho das mudanças, na democracia, é a urna. Essa é a razão da pressa de quem quer mudar as regras antes de o povo começar a mudar o País nas urnas de 2014.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; line-height: 19px;"><br /></span>
<span style="color: #464646; font-family: Georgia, Times New Roman, Times, serif;"><span style="line-height: 19px;">Publicado originalmente em O Estado de São Paulo de 13/08/2013.</span></span><br />
<a href="http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,quem-precisa-de--reforma-politica-,1063397,0.htm">http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,quem-precisa-de--reforma-politica-,1063397,0.htm</a></div>
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