sábado, 7 de abril de 2012

A critical view of Brazil’s Investment Opportunities: Interview with Paulo Moura


Today Brazil is one of the emerging markets attractive for investments. Despite the incentives typical for strategic approach for creating favorable conditions, there might be some hidden drawbacks in policy or environment that might affect investors’ decision-making.
Professor Paulo Moura, Political Scientist, reviews critically the current investment climate in Brazil.
Paulo Moura is a pundit who has a lot of public appearances in radio and newspapers generating many controversies. His critical view of the current Brazilian government can enlighten the most naive investors. Moura is a professor of Political Science at the Lutheran University of Brazil (Ulbra) and a doctor in Social Communications graduated at PUC-RS. In an exclusive interview to Timizzer, Moura alerts for the level of corruption in Brazil, and says that he does not believe that the country would do a larger tax reform. Also, he thinks that all changes must benefit just special interest groups. However, Moura points out that more government concessions may happen at president Dilma Roussef’s term.
Timizzer – Do you believe that mayoral elections this year and the coming major international events such as the World Cup and the Olympics would boost Brazil to have extraordinary investments in infrastructure?
Paulo Moura – The investments are already happening, but is possible that several works can’t meet the deadlines.
Timizzer – Everyday we see new announcements of foreing investment in Brazil, despite the recurrent new about corruption in the country. Do you think one day that credibility would fall or foreign investors are not worried about that?
Paulo Moura – The world is in a crisis and, so far, Brazil is one of the places where you can invest with a return even with the existing corruption. It is better to profit in a country with corruption rather than the opposite. However, we have to take into consideration that the political and legal constraints are also growing.
Timizzer – There is a lot of misinformation from international investors about Brazil. Many international analysts even see Brazil’s incumbent party, the Workers Party (PT), as pro-business. However, entrepreneurs in the country struggle to pay all the taxes to deal with the increasing bureaucracy and the lack of infrastructure. What is your opinion about this contradiction?
Paulo Moura – PT is a social-democratic party. A long time ago the party is no longer an anti-system party and became the main party of the system. Nevertheless, it is party which spurs the state intervention in the economy and believes that income distribution is better than the market. Specifically, when PT is part of the government it chooses who the money is going to be distributed to, but here we have the same logic of the previous answer. It is better to profit in a place with burdens rather than not to.
Timizzer – The Brazilian government has shown signs of tax reliefs to some sectors. Is this trend going to continue? Is there a possibility for a larger tax reform?
Paulo Moura – I don’t see any perspective of tax reform. This system (the tax system) is the only system which is efficient for the Brazilian state. The government revenues even when the GDP slows down or the economy decreases. Who has the keys of the vaul to change this? The selected tax breaks are for the “friends of the king”. It explains the electoral funding that these benefited economic groups sponsor. The ones who lose are the taxpayers without any power of lobbying, but these citizens cannot realize the magic embedded into the complex Brazilian tax system.
Timizzer – The privatization of airports in a Workers Party government appears as a surprise. Do you think other privatizations can happen during president Dilma Roussef’s term?
Paulo Moura – I don’t see it as a surprise. The PT had privatized before, but this was hidden in a speak against the PSDB (Social Democratic Party, the oppostion). Now, with high popularity, Roussef decided to assume (the policy of privatizations). By the way, the PT says that “corruption just happens in privatization from others (parties)”. The party would not sell state-run companies to preserve the fallacy that concession is not privatization, but it may grant roads, ports, airports, and increase the number of PPPs in the infrastructure sector. They know the government is not efficient to do these tasks. Besides this, campaign funders always have a big eye on that and a strong lobby on these business.

Publicado originalmente em: www.timizzer.com

segunda-feira, 26 de março de 2012

É A ELEIÇÃO DE 2014, ESTÚPIDO!

Impera na cobertura da imprensa sobre a crise evolvendo as relações entre a presidente e sua base aliada, a visão de que Dilma Rousseff estaria tentando mudar o paradigma que orienta a composição da base governamental institucionalizada pelos presidentes do ciclo democrático, exceto Collor.

A base da coalização governista ancora-se nas transações do tipo “toma-lá-dá-cá”, segundo a lógica franciscana do “é-dando-que-se-recebe”, gravada na lápide do governo Sarney pelo então deputado Roberto Cardoso, um dos líderes do chamado “centrão”, que constituiu sua gelatinosa base parlamentar.

O ex-presidente Lula teria levado ao extremo a aplicação dessa lógica, após o susto do mensalão e o risco de impeachment pelo qual passou. A presidente Dilma, ao mudar nomes em seu ministério e nas suas lideranças no Congresso, então, estaria tentando implementar padrões éticos e programáticos como critérios de composição de sua base parlamentar, segundo a visão propalada por articulistas da imprensa.

Doce e ingênua ilusão.

Se Dilma e o PT quisessem mesmo mudar essa lógica, seu projeto de reforma política teria que conter propostas como a do fim das coligações proporcionais; cláusula de desempenho; fim das emendas parlamentares individuais, dentre outras. Mas, qual a proposta central do PT para a reforma política? Voto em lista fechada, que só beneficia o PT, que tem a “marca” mais forte perante o eleitorado; e financiamento público de campanha, que destina mais dinheiro público para os maiores partidos, que também favorece o PT no contexto atual de seu crescimento.

O jogo que, de fato, está sendo disputado por detrás dessa crise, portanto, está relacionado com a correlação de forças entre o PT e os demais partidos após 2014. As pistas para quem quer ver estão nas manchetes dessa mesma imprensa, embora nenhum analista as tenha agregado para fechar o quebra-cabeça.

A imprensa afirma que Dilma desistiu da reforma ministerial. Dilma fez a reforma ministerial! Trocou inúmeros ministros de uma forma que os substitutos ficaram constrangidos para manter as práticas institucionalizadas de financiamento dos partidos através de desvio de verbas públicas via licitações.

E Palocci? Palocci foi parte do preço. Dos 37 ministérios desse governo, 28 são políticos. Desses, 18 estão na mão do PT, cuja bancada no Congresso se equivale em tamanho à do PMDB. Embora o PMDB tenha bases das prefeituras bem mais amplas que o PT. Chegamos ao ponto.

As eleições municipais projetam o tamanho das bancadas e as perspectivas de vitória nas eleições para governador no pleito seguinte. Vereadores e prefeitos são as raízes dos partidos na sociedade, pois tem o vínculo mais próximo dos cidadãos. Quanto mais prefeitos e vereadores nessa eleição, mas deputados os partidos fazem na eleição seguinte; mais perto ficam de eleger governadores, e mais fortes ficam na barganha do poder com os governadores e em Brasília.

A forma como foram derrubados os ministros de Dilma, exceto Nelson Jobim, forçou um “fechamento” de torneiras nos ministérios sob nova direção. Levará tempo até que novos esquemas sejam formados. Exceto os esquemas do PT, que controla o governo com um todo, todos saíram perdendo. Está nas manchetes da semana que passou: “Governo privilegia PT na distribuição de verbas federais.”

E, também está nas manchetes que a CUT está abrindo campanha nacional na mídia pela extinção do imposto sindical. Quem tem a perder com isso? As outras centrais sindicais. Há anos os sindicatos da CUT vêm criando alternativas de financiamento via desconto em folha aprovado em assembleias. Além disso, tendo o governo federal na mão, a CUT garante outras formas de acesso a verbas públicas. A lógica é secar a fonte dos “aliados”. Não por acaso, o deputado Paulinho, líder da Força Sindical, já se alinhou com Serra em SP.

Lembremos: há poucas semanas Gilberto Carvalho protagonizou uma crise com as igrejas evangélicas ao afirmar que o PT deveria disputar a influência ideológica sobre a nova classe média com essas igrejas. Em seguida José Dirceu deu declarações afirmando que o PT deveria ampliar sua penetração nas prefeituras, o que, diga-se de passagem, tende a ocorrer sobre prefeituras do PMDB.

Uma varredura pelo noticiário revelará o PT brigando com as igrejas (aborto e outros temas controversos); com a mídia (novo marco regulatório e “controle social da informação”); com o Judiciário (não por acaso às vésperas do julgamento do mensalão); e com o Congresso (litígio com a base aliada constrangida por denúncias de corrupção).

A reação da base aliada, portanto, é de quem parece ter acordado para o fato de que o PT pode sair das urnas de 2012 maior que o PMDB. E isso muda tudo em Brasília daí para frente, se esse cenário se confirmar. Os aliados esperneiam, resistem, mas, a menos que a economia sofra algum abalo que imponha perdas ao povo, alterando a percepção positiva que as pessoas tem do governo Dilma, talvez já seja tarde demais.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

ULBRA é a primeira no ranking na qualidade do ensino EAD

Desempenho dos alunos no ENADE destaca a ULBRA no Brasil
Foi publicado nesta terça-feira, 28.02, no jornal paulista Estadão, o ranking nacional dos cursos ofertados na modalidade de Educação a Distância. A ULBRA se destaca em todo o país, dentre as universidades com os melhores cursos. O curso mais bem classificado é o de Ciências Sociais, com duas Notas 5 - em licenciatura e bacharelado.
A primeira colocação da ULBRA no ranking foi resultado, também, da Nota 4 alcançada pelos cursos de Gestão Financeira (tecnológico), Letras (licenciatura), Letras / Português (licenciatura) e Serviço Social (bacharelado). A Nota 3 foi obtida por Administração (bacharelado), Gestão de Recursos Humanos (tecnológico) e Pedagogia (licenciatura).

Confira a reportagem clicando aqui.

O jornal enumerou as instituições de ensino superior que tiveram a maior quantidade de cursos com bom desempenho no ENADE. Aponta as graduações com a nota máxima no exame, 5. Só a ULBRA chegou duas vezes ao topo do pódio, com o curso de Ciências Sociais nas modalidades bacharelado e licenciatura. Medalhas de prata são Notas 4, e as de bronze, Notas 3. Para montar este ranking foram desconsideradas as notas 1 ou 2 porque elas são insatisfatórias, de acordo com o Ministério da Educação.
O pró-reitor de Graduação da ULBRA, professor doutor Ricardo Willy Rieth, afirma que a posição da Universidade em primeiro lugar no ranking era esperada. “A constatação é que conseguimos transferir a qualidade da modalidade presencial para a EAD. Já somos uma universidade Nota 4 no ranking nacional do MEC, sendo que apenas 20% de todas as universidades do país conseguem alcançar este índice. Nosso primeiro lugar é um reflexo de termos assumido o compromisso de trazer a qualidade da modalidade presencial para a Educação a Distância”, garante Rieth.
A reportagem do Estadão também descreve diversos aspectos da educação a distância no Brasil.