quinta-feira, 8 de novembro de 2018

“OMISSOS” - UM ATO FALHO RETUMBANTE


As crônicas de LFV indiscutivelmente eram nossos melhores textos de humor. Pena que deixaram de ser. Desde que seus amigos do PT chegaram ao poder, ele fez uma escolha. OMITIU-SE. Preferia fazer graçolas sobre o efeagá, mas silenciava com o stalinismo do governo Olívio,  CALOU quando começaram a  surgir as roubalheiras do PT, nunca falou do Celso Daniel, NADA DISSE sobre aquela mentecapta que trocava as palavras e quebrou o país, passou ao largo sobre as ditaduras de Cuba e Venezuela, a corrupção desbragada do Mensalão e do Petrolão, a prisão do Lula por corrupção, preferindo falar do Bush, do Trump e usar seu talento, para matérias escapistas, preservando e silenciando sobre seus camaradinhas. Quando um autor de textos de humor perde a graça é triste, mais que isso é deprimente. O talentoso autor de personagens como a Velhinha de Taubaté, a Dorinha, As Cobras, o Analista de Bagé, perdeu seu brilho, hoje seus textos nos jornais chegam aos leitores como  uma entrega de tédio a domicílio.

Pois o genial criador do Analista de Bagé cometeu um retumbante ato falho, que até a Lindaura, secretária do freudiano da fronteira, diagnosticaria sem precisar falar com o patrão.

Ele deu o título de OMISSOS para um dos seus mais lamentáveis textos.   Ora, ora, ora logo quem, o sujeito foi o maior OMISSO dos últimos 14 anos, vem pregar moral e indicar conduta acusando outros de OMISSOS.  Não, não LFV em matéria de OMISSÃO tu és imbatível, triste galardão, no qual ninguém te supera.

E se não bastasse isso, foi de uma infelicidade inimaginável, ao usar a metáfora da estrela que os nazistas obrigavam os judeus a usar. Todos sabem que tu não és antissemita e tens relações de amizade e familiares com judeus. Pior ainda. Nada justificava essa grosseria, numa comparação vulgar e ofensiva. Os judeus têm motivos para se sentir indignados, não se faz graça com esse assunto e jamais esperariam de ti, um expediente tão rasteiro e medíocre.

Bem que poderias procurar o teu personagem, sentar no pelego do Analista e confessar a ele.

“Pois é, não há como negar, fui omisso. E agora”?

O guasca, com sua sabedoria campeira e por gratidão ao seu criador, pode te dar um excelente conselho:

“Olha vivente, já que o humor te deixou. Finge que és tu que estás deixando ele, para manter as aparências. Anuncia que vais deixar a crônica e  irás escrever uma novela de HORROR. Como sugestão, acho que poderias começar a ler a confissão do Pallocci, matéria abundante não vai te faltar.

(Autor anônimo.)