As crônicas de LFV indiscutivelmente eram nossos melhores textos de humor. Pena que deixaram de ser. Desde que seus amigos do PT chegaram ao poder, ele fez uma escolha. OMITIU-SE. Preferia fazer graçolas sobre o efeagá, mas silenciava com o stalinismo do governo Olívio, CALOU quando começaram a surgir as roubalheiras do PT, nunca falou do Celso Daniel, NADA DISSE sobre aquela mentecapta que trocava as palavras e quebrou o país, passou ao largo sobre as ditaduras de Cuba e Venezuela, a corrupção desbragada do Mensalão e do Petrolão, a prisão do Lula por corrupção, preferindo falar do Bush, do Trump e usar seu talento, para matérias escapistas, preservando e silenciando sobre seus camaradinhas. Quando um autor de textos de humor perde a graça é triste, mais que isso é deprimente. O talentoso autor de personagens como a Velhinha de Taubaté, a Dorinha, As Cobras, o Analista de Bagé, perdeu seu brilho, hoje seus textos nos jornais chegam aos leitores como uma entrega de tédio a domicílio.
Pois o genial criador do Analista de Bagé cometeu um retumbante ato falho, que até a Lindaura, secretária do freudiano da fronteira, diagnosticaria sem precisar falar com o patrão.
Ele deu o título de OMISSOS para um dos seus mais lamentáveis textos. Ora, ora, ora logo quem, o sujeito foi o maior OMISSO dos últimos 14 anos, vem pregar moral e indicar conduta acusando outros de OMISSOS. Não, não LFV em matéria de OMISSÃO tu és imbatível, triste galardão, no qual ninguém te supera.
E se não bastasse isso, foi de uma infelicidade inimaginável, ao usar a metáfora da estrela que os nazistas obrigavam os judeus a usar. Todos sabem que tu não és antissemita e tens relações de amizade e familiares com judeus. Pior ainda. Nada justificava essa grosseria, numa comparação vulgar e ofensiva. Os judeus têm motivos para se sentir indignados, não se faz graça com esse assunto e jamais esperariam de ti, um expediente tão rasteiro e medíocre.
Bem que poderias procurar o teu personagem, sentar no pelego do Analista e confessar a ele.
“Pois é, não há como negar, fui omisso. E agora”?
O guasca, com sua sabedoria campeira e por gratidão ao seu criador, pode te dar um excelente conselho:
“Olha vivente, já que o humor te deixou. Finge que és tu que estás deixando ele, para manter as aparências. Anuncia que vais deixar a crônica e irás escrever uma novela de HORROR. Como sugestão, acho que poderias começar a ler a confissão do Pallocci, matéria abundante não vai te faltar.
(Autor anônimo.)
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